Transplante

O que é embolização, procedimento feito por Faustão para que novo rim “funcione”?

Segundo a assessoria de imprensa da família, “o implante renal foi bem-sucedido, mas o paciente ainda aguarda pelo início do funcionamento do órgão”

Fausto Silva, o Faustão, fez uma embolização para resolver questões que estavam atrasando sua recuperação após o transplante de rim, realizado em 26 de fevereiro.
Faustão passou por um transplante de rim em fevereiro – Crédito Reprodução/ BAND

Fausto Silva, o Faustão, fez uma embolização para resolver questões que estavam atrasando sua recuperação após o transplante de rim, realizado em 26 de fevereiro.

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Segundo a assessoria de imprensa da família, “o implante renal foi bem-sucedido, mas o paciente ainda aguarda pelo início do funcionamento do órgão”. Todavia, ainda não há previsão de alta do Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, onde ele está internado desde o dia 25 de fevereiro.

“Embolização é o ato cirúrgico de bloquear (parcial ou totalmente) a passagem de um fluido, que pode ser sangue arterial, venoso ou linfático, dentro do corpo humano. Trata-se de uma técnica minimamente invasiva, guiada por imagem, que pode ser indicada para diversos tratamentos”, explica o professor Francisco Cesar Carnevale, chefe do serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital Sírio-Libanês, em entrevista ao G1.

Esse procedimento pode ser útil para o tratamento de doenças cardiovasculares, mas também oferece benefícios para outras condições de saúde. Nesse sentido, geralmente é indicado para alguma situação clínica, que possa estar dificultando o funcionamento de algum órgão.

O transplante de rim

Faustão passou pelo transplante de rim no final do mês de fevereiro, mas o órgão ainda não está funcionando. Em média, o rim leva de sete a dez dias para começar a funcionar após o transplantesegundo Elias David Neto, nefrologista do Hospital Sírio-Libanês.

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O apresentador passou por um transplante de coração em agosto de 2023. Segundo seus familiares, por conta do quadro de insuficiência cardíaca, o funcionamento dos rins já estava comprometido.

 

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“No Brasil, 50% a 60% dos rins levam esse tempo médio para voltar a funcionar normalmente. Quando há um transplante de coração prévio, existem outros fatores que podem fazer o rim demorar mais para funcionar e cada caso precisa ser avaliado”, explica o nefrologista em entrevista ao g1.

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Guilherme Santa Catharina, nefrologista do Instituto do Coração e da Clínica Sartor, pontua, para o g1, que quando o transplante é realizado a partir de um doador vivo, o paciente geralmente sai com o enxerto funcionando. Contudo, o mesmo não ocorre com um doador falecido, que é o caso do artista.

Ele acrescenta que após a captação do órgão, o enxerto fica um certo tempo ‘fora do corpo’. “Durante este tempo (conhecido como isquemia fria) o órgão é mantido resfriado e em soluções de preservação. Isso faz com que após a realização do transplante ele demore um pouco mais para começar a funcionar (em geral, cerca de alguns dias)”, completa.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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