contato com água contaminada

O que é leptospirose, doença que pode afetar população do RS?

Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul emitiu alerta por causa das cheias e inundações, que aumentam risco de infecção

leptospirose
Enchentes aumentam risco de contaminação de leptospirose – Créditos: Canva

Após o contato prolongado da população do Rio Grande do Sul com as enchentes, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou um alerta contra a leptospirose. A doença infecciosa febril é transmitida através da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados (especialmente ratos). A bactéria Leptospira consegue penetrar a pele humana que apresenta lesões ou que fica imersa durante longos períodos em água contaminada.

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Eventos como enchentes provocam um aumento no risco de transmissão. Evelise Tarouco da Rocha, diretora da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, explicou que o grande fluxo de água acaba se misturando com a urina de ratos nos esgotos e bueiros, ampliando a área de propagação da bactéria.

Sintomas de leptospirose

A doença pode ficar encubada até 30 dias após o primeiro contato, mas os sintomas costumam aparecer de sete a 14 dias depois da exposição à bactéria.

Os sinais mais frequentes são febre, dor de cabeça e dor muscular, principalmente nas panturrilhas. Também é comum sentir falta de apetite e náusea.

O diagnóstico precoce é muito importante para a recuperação do paciente. Em 15% dos casos, a leptospirose pode evoluir para condições mais graves, provocando a síndrome de Weil. A condição costuma vir acompanhada de três condições: icterícia rubínica (tonalidade alaranjada da pele), hemorragia e insuficiência renal.

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Tratamento

O comunicado do governa indica a prática de quimioprofilaxia com avaliação médica – ou seja, o uso de medicamentos como estratégia para reduzir o risco de infecção na população. A medida vale para pessoas expostas à água da enchente, socorristas de resgate e voluntários que apresentarem sintomas associados à leptospirose.

Por enquanto, o Ministério de Saúde não recomenda o uso generalizado da quimioprofilaxia. A estratégia se baseia em estudos científicos diversos, incluindo protocolos compartilhados pela Organização Mundial da Saúde para situações de alto risco.

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Medicamentos

De acordo com a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, o principal medicamento a ser utilizado na quimioprofilaxia é o antibiótico Doxiciclina. Para adultos que tiveram alto risco, recomenda-se uma única dose de 200 mg em via oral. No caso de socorristas e voluntários, a frequência da dosagem aumenta para uma vez por semana. Por fim, no caso de crianças, a dose vai de acordo com o peso (4mg por quilo).

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