Um terço dos estados está em alerta por ocupação de leitos públicos para Covid-19

Pernambuco é o estado com o cenário mais crítico, com mais de 80% das vagas de UTI ocupadas

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Médicos tratam pacientes COVID-19 em uma unidade de terapia intensiva no terceiro Hospital Covid 3 (Istituto clinico CasalPalocco) durante a emergência do Coronavirus em 26 de março de 2020, em Roma, Itália.(Crédito: Antonio Masiello/Getty Images)

Um terço dos estados brasileiros está em alerta intermediário ou crítico para a ocupação de leitos públicos de UTI para a Covid-19. Segundo dados da Fiocruz, nove estados e dez capitais estavam nessa situação até a última segunda (10).

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Pernambuco é o estado com o cenário mais crítico, com mais de 80% das vagas de UTI ocupadas. Em seguida, Distrito Federal, Pará, Espírito Santo, Ceará, Goiás, Piauí, Bahia e Tocantins, apresentam taxas que variam de 74% a 61%. Roraima e Mato Grosso do Sul não apresentaram dados oficiais.

Já nas capitais a situação é mais grave. Goiânia possui 94% dos leitos para casos graves ocupados. Depois há Fortaleza (88%), Belo Horizonte (84%) e Recife (80%). Acima dos 60% estão Vitória, Porto Velho, Brasília, Salvador, Maceió e Macapá.

O Observatório Covid-19 afirma que esses índices subiram rapidamente no último mês. Apenas cinco dias antes da divulgação dos dados da Fiocruz, apenas três estados estavam alerta intermediário.

No fim do ano, por exemplo, haviam 12 pessoas internadas na rede pública da cidade do Rio de Janeiro, número que saltou para 264 nesta quinta (2.100%). A espera média por um leito já é de mais de três dias. A maior parte dos internados não completou o esquema vacinal, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

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Contudo, os pesquisadores ressaltam que hoje o número de internações em UTI ainda é muito menor do que aquele observado em 2 de agosto, quando as vagas começaram a ser fechadas.

“Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, é fundamental ratificar a ideia de que há um outro cenário com a vacinação e as próprias características da ômicron. O cenário, neste momento, é incomparável àquele vivido em 2021, embora o grande volume de casos já esteja demandando, pelos gestores, atenção e acionamento de planos de contingência”, escrevem os pesquisadores.

Os pesquisadores ainda completam que “as próximas semanas precisam ser monitoradas e é esperado que o número de casos novos de Covid-19 ainda atinja níveis muito mais elevados, pressionando a demanda por serviços de saúde, o que inclui leitos de enfermaria e UTI”.

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