escudo térmico altamente avançado

Sonda que chegou mais perto do Sol está ‘segura’ e ‘operando normalmente’, afirma Nasa

A Nasa anunciou que a sonda solar Parker, após realizar a maior aproximação já registrada ao Sol, está "segura" e "operando normalmente".
Ilustração da sonda Parker se aproximando do Sol – Crédito: Reprodução/NASA

A Nasa anunciou nesta sexta-feira (27) que a sonda solar Parker, após realizar a maior aproximação já registrada ao Sol, está “segura” e “operando normalmente”. A espaçonave, lançada em 2018, alcançou a marca histórica no dia 24 de dezembro, ao chegar a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar, uma área conhecida como coroa.

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Segundo a agência espacial, o Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, recebeu o sinal da sonda pouco antes da meia-noite. Informações mais detalhadas sobre o status e os dados coletados pela Parker são esperadas no dia 1º de janeiro.

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Como a sonda Parker resiste às condições extremas?

Equipada com um escudo térmico altamente avançado, a sonda Parker suportou temperaturas de mais de 930°C, mantendo seus instrumentos internos em uma temperatura ambiente de cerca de 29°C. Durante sua jornada, a Parker viajou a uma velocidade impressionante de 690 mil km/h, rápida o suficiente para ir de Washington, nos EUA, a Tóquio, no Japão, em menos de um minuto.

A missão de sete anos, que busca responder questões fundamentais sobre o comportamento do Sol, já tem revelado insights cruciais. A sonda está investigando, por exemplo, como o material da coroa solar é aquecido a milhões de graus, a origem do vento solar e como partículas energéticas atingem velocidades próximas à da luz.

“Nenhum objeto feito pelo homem jamais passou tão perto de uma estrela, portanto a Parker realmente enviará dados de um território desconhecido”, afirmou Nick Pinkine, gerente de operações da missão, no Laboratório de Física Aplicada.

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Impacto e legado da missão Parker

Além de marcar um feito inédito, a Parker fornece informações essenciais para prever eventos climáticos espaciais, como tempestades solares, que podem causar sérios impactos na tecnologia terrestre, incluindo satélites e redes elétricas.

“Este é um exemplo das missões ousadas da Nasa, fazendo algo que ninguém fez antes para responder a perguntas de longa data sobre o nosso universo”, declarou Arik Posner, cientista do programa Parker Solar Probe, em um comunicado na segunda-feira .

Leia também: Sonda da NASA que mais se aproximou do Sol emite primeiro sinal

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