PERIGO À SAÚDE

244 cidades têm umidade do ar igual ou inferior à do deserto do Saara

O Inmet relatou que alguns municípios apresentaram níveis de umidade de 7%; Não há previsão de melhora

O Inmet relatou que alguns municípios apresentaram níveis de umidade do ar de 7%; Não há previsão de melhora.
Este nível de umidade pode causar problemas à saúde – Créditos: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O calor extremo e a seca sem precedentes colocaram o Brasil em uma situação crítica. Com cidades enfrentando mais de cem dias sem chuva, a umidade do ar no país despencou para níveis comparáveis ao deserto do Saara.

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relatou que 244 cidades registraram índices de umidade abaixo ou iguais aos observados em desertos, com algumas chegando perto de 7%. O deserto do Atacama, o mais seco do mundo, tem uma média de umidade de 5%.

Por que a umidade do ar está tão baixa?

Os baixos níveis de umidade do ar são consequência de três fatores principais: a maior seca da história recente do Brasil, uma onda de calor intensa e bloqueios atmosféricos que impedem a chegada de frentes frias e chuvas.

Desde o início do ano, o país enfrenta a estação seca mais prolongada já registrada. Em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal, não chove há mais de cem dias.

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Ainda, altas temperaturas marcaram o início de setembro. Com as temperaturas batendo recordes para esta época do ano, a umidade presente no ar é evaporada.

Além disso, os bloqueios atmosféricos são responsáveis por impedir a movimentação de massas de ar frio, o que resulta na falta de nuvens e, consequentemente, na ausência de chuvas.

As previsões meteorológicas indicam que a situação pode piorar ainda mais, com mais dias de temperaturas elevadas, o que continuará contribuindo para a baixa umidade. O Inmet emitiu um aviso de sinal vermelho para alguns estados, prevendo níveis de umidade abaixo de 12%. Outras regiões enfrentam um alerta amarelo com umidade até 30%.

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Qual é o impacto na saúde?

A baixa umidade tem efeitos prejudiciais para a saúde, especialmente para o sistema respiratório. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a faixa ideal de umidade para o organismo humano está entre 40% e 70%. Quando a taxa cai abaixo de 30%, a situação torna-se alarmante, aumentando o risco de problemas respiratórios, cansaço, ressecamento das narinas e olhos e dores de cabeça.

Pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite ou rinite alérgica, são especialmente vulneráveis neste cenário.

Para ajudar a mitigar os efeitos da baixa umidade, a seguir algumas dicas valiosas. É importante beber cerca de dois litros de água por dia para se manter hidratado, umidificar os ambientes e ter o cuidado de hidratar os olhos e narinas.

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Ainda, é essencial evitar a exposição ao sol, especialmente com prática de exercícios, entre 11h e 17h. Além disso, se deve manter os ambientes livres de poeira e evitar consumir bebidas alcoólicas, que agravam a desidratação.

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