Por conta de ameaças, amigos de Moïse Kabagambe, congolês de 24 anos que foi espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, precisaram fugir do país. Chadrac Kembilu deixou o Brasil na última quinta-feira (21). Além do primo de Moïse, outros amigos com medo das ameaças, deixaram o país.
De acordo com a CNN, foi constatado que pelo menos 15 pessoas relataram ameaças sofridas por meio das redes sociais e que por medo, não procuraram a polícia. Chadrac denunciou que as perseguições acontecem por meio de mensagens e ligações. O primo do congolês se tornou um rosto conhecido após o caso. Ele chegou a participar de um ato convocado por várias entidades do movimento negro que pediu justiça por Moïse.
No dia 7 de fevereiro, a Prefeitura do Rio decidiu conceder o quiosque em uma cerimônia com o prefeito Eduardo Paes (PSD). Agora, está prevista para maio a inauguração do quiosque Moïse, no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio. O local terá 150 metros quadrados e capacidade para 80 pessoas.
Reparar a dor e o sofrimento da família será algo impossível mas vamos mostrar que nossa cidade e nosso país não são coniventes com a barbárie e o racismo. Hoje tive a honra de entregar em nome dos cariocas a concessão do quiosque na praia da Barra para a mãe do Moïse. pic.twitter.com/DhUFmNfZPY
— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 7, 2022
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