O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), foi destituído nessa segunda-feira (23) por ato da Secretaria-Geral da Mesa Diretora. Adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ramos era o responsável por presidir as sessões do Congresso e, de acordo com parlamentares que não quiseram se identificar, ele estaria “travando” manobras do governo para votar projetos orçamentários sem a análise dos vetos antes.
No Twitter, Ramos afirmou que “respeita” e vai cumprir a decisão do ministro porque é um “democrata”.
Fui eleito pelo voto de 396 deputados e deputadas e destituído por 1 e atendendo a uma ordem do Presidente da República.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) May 23, 2022
Com esta destituição, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), precisa preparar uma nova eleição para decidir três cargos da Mesa Diretora, entre eles o de vice-presidente.
A retirada aconteceu após o ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), reconsiderar uma decisão de abril que mantinha Ramos no posto, e assim, determinou que a eleição para a Mesa é um assunto interno – e deve ser tratado na Câmara.