A polêmica aprovação do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões

A polêmica aprovação do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões
(Crédito: Canva Fotos)

O valor do chamado “fundão” vem causando constrangimento entre parlamentares, principalmente aqueles que votaram a favor do aumento. Após a repercussão negativa, muitos foram às redes sociais justificar a aprovação de um valor de quase R$ 6 bilhões  que será destinado aos partidos políticos. 
A justificativa varia entre “não quis atrasar a LDO” e  “não percebi que o projeto estava na pauta”. 

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Entre os que foram favoráveis,  estão: Carla Zambelli (PSL-SP), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Osmar Terra (MDB-RS). Já entre os que se opuseram à proposta estão Rodrigo Maia (Sem partido-RJ), Marcelo Freixo (PSB-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Alessandro Molon (PSB-RJ).

Os partidos PSL, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, DEM, Solidariedade, Pros, PSC, PTB e Cidadania orientaram que os deputados votassem “sim”. Já PT, PSB, PDT, Podemos, PSOL, Novo, PV, Rede, e a liderança da Oposição orientaram pelo voto “não” à LDO, que inclui o valor triplicado do fundo.

fundo eleitoral em discussão
(Canva Fotos)

Em entrevista exclusiva ao Grupo Perfil Brasil, deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) , que presidiu a sessão, explica que a decisão de aumentar o fundo foi tomada dias antes da sessão – que não teve sua presença.

“Na antevéspera da votação foi feita uma reunião com a base do presidente Jair Bolsonaro e decidiram incluir esse valor. Eu não participei da reunião. Fiquei sabendo depois da aprovação (…) A matéria foi para a votação sob minha presidência com os R $ 5,7 bi já incluídos. Foi feita uma manobra”, afirma.

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Ele lembra que, na sessão, foi apresentado um destaque para que o fosse barrado o aumento, mas não teve votos suficientes.

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“O Partido novo e o Psol agiram duramente contra a aprovação desse valor”, afirma.

Agora, Ramos espera que o presidente Jair Bolsonaro vete integralmente o valor. Nos últimos dias, Bolsonaro afirmou que vetaria o que chamou de “excesso” de R$ 2 bilhões e, assim, o fundo seria de R$ 4 bilhões. O presidente terá até dia 23 de agosto para sancionar ou vetar o aumento do fundo eleitoral.

Em um país que tem mais de meio milhão de mortes pela pandemia e um alto nível de desemprego, o valor é inaceitável“, pondera Ramos.

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