Darya Dugina, filha de Alexander Dugin, o “guru” de Vladimir Putin, morreu neste sábado (20), após a explosão do carro em que estava. Alexander é um influente pensador, analista e estrategista polêmico. Segundo o portal g1, para um amigo da família, Alexander era o alvo do atentado, já que o veículo pertencia a ele.
Ele segue o eurasianismo, que surgiu após a a queda do império russo, em 1917, e colocava a Rússia como uma sociedade organizada “formada por uma profunda história de intercâmbios culturais entre povos de origem turca, eslava, mongóis e outras origens asiáticas”, disse a historiadora Jane Burbank, da Universidade de Nova York.
Alexander é de uma família de oficiais militares russos e lídera a corrente de pensamento na Rússia, que aponta Moscou como o coração de um império “eurasiano”. Além disso, ele é o fundador espiritual do termo “o mundo russo”. O pensador ajudou a reviver a expressão “Nonorossiya“, que significa “Nova Rússia”, incluindo partes da Ucrânia, anterior a anexação russa da Crimeia em 2014.
“A Ucrânia deve ser desaparecida da Terra e reconstruída do zero ou as pessoas precisam recuperá-la. Acho que os ucranianos precisam de uma revolta total em todos níveis e em todas as regiões. Uma revolta armada contra a Junta [suposto grupo fascista ucraniano]. Não só no Sudeste”, declarou Dugin em 2014, após manifestantes pró-Rússia serem mortos em confrontos em Odessa.
Dugin é um dos maiores defensores de Vladimir Putin. “Putin não tem mais adversários e, mesmo que eles existam, são doentes mentais e devem ser enviados para exames médicos. Putin está em toda parte, Putin é tudo, Putin é absoluto, Putin é insubstituível”, afirmou ele em 2007. Em 2011, ele foi primeiro-ministro do governo de Putin.
Tensão na Europa cresce após a explosão que terminou com a morte de Darya Dugina, filha de Alexander Dugin, considerado guru do presidente russo Vladimir Putin #borabrasil #bandjornalismo pic.twitter.com/moXm4XjtJO
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) August 22, 2022