O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou nesta sexta-feira (28) que a rede social Telegram apague dois grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), acusando-os de propagar “afirmações falsas, mensagens preconceituosas e intimidatórias“.
Os servidores “70 Milhões eu voto em Bolsonaro Nova Direita” e “70 Milhões 2 eu voto em Bolsonaro Nova Direita”, denunciados por Moraes, reuniam mais de 180.000 integrantes. De acordo com o portal Poder 360, links para outro grupo foram divulgados antes da remoção pelo TSE ser executada. A mensagem que aparece na rede social agora ao tentar acessar algum deles diz “Este grupo não pode ser exibido porque violou as leis locais”.
Líder de motociata, do time do Bolsonaro e Onyx, usa o Telegram para incentivar a destruição de urnas, “dá cacete” em esquerdista, “passar” petista, prender cientista político, “quebrar a pau” baiano e “meter bala” na cabeça do Alexandre de Moraes. Suco fascista. Não passarão! pic.twitter.com/roVi8OOdvX
— Leonel Radde (@LeonelRadde) October 28, 2022
A multa em caso de descumprimento por parte do Telegram foi fixada por Moraes em R$100.000 por hora. O ministro afirmou que a existência dos grupos e de seu teor foi trazida à tona pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, que classificou o conteúdo como “manifestação pública sabidamente inverídica a respeito das urnas eletrônicas, com a finalidade de promover um ataque institucional de teor incendiário e incentivar o extremismo”.
Uma das mensagens encontrada nos grupos, que foi destacada pelo TSE, dizia “A vontade que eu tenho é de meter bala na cabeça do Xandão, só não tive oportunidade ainda”.