O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra a deputada Carla Zambelli (PL) neste domingo (30).
A solicitação da investigação foi originalmente proposta pelo PT, referente ao episódio registrado em vídeo em que Zambelli apontou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo nos arredores da Avenida Paulista neste sábado (29). Apesar do pedido do STF, a decisão sobre apurar ou não o caso cabe a Augusto Aras, procurador-geral da República.
URGENTE: FILMAGENS DESMENTEM QUE ZAMBELLI TERIA SIDO AGREDIDA, RALOU O JOELHO CAINDO SOZINHA pic.twitter.com/ZFfR5CV5Wj
— André Janones (@AndreJanonesAdv) October 29, 2022
O PT pede que a parlamentar seja investigada por tentativa de homicídio, lesão corporal, perigo para a vida de terceiros e racismo.
“Se em outras ocasiões, a parlamentar tem adotado posturas reiteradas de ameaças e acumula posicionamentos declarados em sentido contrário às instituições democráticas, exigindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, por exemplo, nesta feita, executou agressão física, pôs em risco populares e deliberadamente descumpriu limites normativos definidos para apaziguar e dar relevo ao momento de grande relevância democrática nacional, consubstanciada no processo eleitoral“, diz a nota do PT.
Durante uma coletiva de imprensa no domingo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, destacou que não é competência de seu tribunal julgar o caso como crime eleitoral, como membros da oposição pediam. “Ela, a parlamentar, se dirigiu até a delegacia, foi feito um boletim de ocorrência que será enviado ao Supremo Tribunal Federal, uma vez que como parlamentar federal ela tem a prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal“, alegou Moraes.