A primeira-dama do Chile, a cientista social Irina Karamanos, de 32 anos, anunciou que pretende abdicar das funções que a primeira-dama exerce no país. A namorada do presidente chileno Gabriel Boric, desde a campanha, evitou ficar muito em evidência.
Em entrevista a um programa de TV do Chile, Karamanos opinou sobre o papel da primeira-dama:
“É uma posição que merece ser repensada porque estamos em tempos diferentes, muita coisa mudou e temos que repensar o poder e as relações que dela emergem.”
Gabriel Boric pensa da mesma maneira. O novo presidente já havia afirmado que suprimiria a figura da primeira-dama porque, para ele, “não faz sentido”:
“Não pode haver cargos no Estado que tenham a ver com o parentesco do presidente ou de ninguém. Temos que criar uma instância que seja transparente, com base no mérito e carreiras de serviço público, e não de laços de sangue ou afinidade com o presidente.”
No entanto, Irina Karamanos não é a primeira mulher a renunciar o posto de primeira-dama. Em 2018, no México, Beatriz Gutiérrez Müller abriu mão da função quando seu marido, Andrés Manuel López Obrador, conquistou a Presidência da República.
No Brasil, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o debate sobre o tema também ganhou força. Sua esposa, a socióloga Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, também afirmou que a função precisa ser discutida, porém não renunciou ao cargo.
No Chile, primeira-dama é cargo protocolar e eles também estão pensando que outro nome poderia ter, visto que a Irina Karamanos tem histórico próprio de atuação política. Então adicionaram a ela a função de coordenadora sociocultural da presidência pra dar mais embasamento.
— Sabrina Fernandes (@safbf) November 12, 2022