Alberto Toron, advogado de defesa do governador afastado do Distrito Federal, disse em nota que Ibaneis Rocha colaborou plenamente com as investigações da Polícia Federal e, em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (20), que ele “não tem conivência com o golpismo”.
“Os Advogados Alberto Toron e Cleber Lopes, que fazem a defesa do Governador Ibaneis Rocha, consideram que a busca determinada na sua residência e seu antigo escritório, embora inesperada, posto que o Governador sempre agiu de maneira colaborativa em relação à apuração dos fatos em referência, certamente será a prova definitiva da inocência do chefe do Executivo do Distrito Federal”, diz a nota divulgada.
A PF cumpre nesta sexta-feira (20) busca e apreensão no escritório e na casa de Ibaneis e do ex-secretário executivo interino de Segurança Pública do DF, Fernando de Souza Oliveira.
Procurada pela reportagem, a defesa de Ibaneis Rocha não quis prestar mais esclarecimentos.
A INVESTIGAÇÃO
Na última sexta-feira (13), a Procuradoria-Geral da república enviou pedido que foi autorizado por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, para a abertura de inquérito que apura a conduta de Ibaneis e Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF, em relação aos ataques do dia 08 de janeiro.
O governador, afastado por 90 dias, prestou depoimento no mesmo dia à Polícia Federal, quando disse ter sido “absolutamente surpreendido com a falta da resistência exigida para a gravidade da situação por parte da PM/DF” e ainda declarou que se revoltou ao ver que alguns policiais confraternizavam com os golpistas.
Fernando Oliveira prestou depoimento na última quinta-feira (19), quando afirmou não ter recebido orientações sobre os atos golpistas de Anderson Torres. Também disse não ter sido apresentado aos comandantes das forças policiais antes de assumir o cargo para que Torres viajasse para passar férias nos Estados Unidos.
Preso desde o último sábado (14) depois de retornar de Orlando – mesmo local onde se encontra o ex-presidente Jair Bolsonaro -, Anderson Torres ainda deve prestar novos depoimentos.
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