Nesta segunda-feira (20) o órgão de vigilância nuclear da ONU encontrou urânio enriquecido a 84% no Irã. Esse grau é muito próximo ao utilizado em armas, que fica em torno de 90%. O fato trouxe novamente à discussão a questão nuclear no país.
Nos últimos tempos ocorreram diversas tentativas de reviver o acordo nuclear de 2015 com o país. O Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA), como é formalmente conhecido, foi assinado entre Irã, China, Rússia, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e União Europeia.
O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenta reconstruir o caminho diplomático perdido durante o mandato de Donald Trump. O ex-chefe de Estado retirou a nação norte-americana unilateralmente do acordo. A justificativa era de que o combinado não estava fazendo o suficiente e, como resultado, impôs sanções mais severas.
Biden então, deu início a negociações indiretas, mediadas pela União Europeia e com a presença de signatários, há quase dois anos.
Essa tentativa vem enfrentando inúmeros altos e baixos e impasses que emperram as propostas de fluírem. Em setembro, um texto final foi elaborado com base em uma oferta europeia, mas acabou fracassando.
Além disso, algumas sanções por parte do ocidente foram impostas a altos funcionários e entidades iranianas por conta de uma suposta participação na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Recentemente, os Estados Unidos afirmaram que retomar o JCPOA não é uma prioridade. Portanto, segundo a Al Jazerra, não houve sinais públicos de progresso nas negociações, e os partidos ocidentais continuam instando Teerã a aumentar seu nível de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
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— Folha de S.Paulo (@folha) February 18, 2023