O Irã está investigando o envenenamento de centenas de estudantes de escolas femininas na cidade de Qom. Segundo as autoridades sanitárias, a situação vinha acontecendo nos últimos meses com o objetivo de provocar o fechamento desses centros de ensino.
De acordo com pesquisa realizada pela BBC, cerca de 650 meninas foram vítimas do crime, que geralmente ocorria por via respiratória. Algumas chegaram, inclusive, a ser hospitalizadas.
Os relatos são de sentir cheiro de tangerina ou peixe podre antes de adoecer.
De acordo com a Agência de Notícias da República Islâmica, Irna, com base nas investigações, Younes Panahi, vice-ministro da Saúde, deixou implícito que o envenenamento das alunas em Qom foi intencional.
“Descobriu-se que certos indivíduos queriam que todas as escolas, em particular as femininas, fechassem“, declarou Panahi. Disse ainda que o envenenamento foi causado por “substâncias químicas disponíveis e não de uso militar, nem é contagioso ou transmissível“. E acrescentou dizendo que as vítimas não precisam de tratamentos fortes, pois as substâncias usadas são tratáveis.
Nenhuma prisão foi anunciada até agora.
A hipótese é de que possa ter sido uma ‘vingança’, pelo papel que as jovens desempenharam em recentes protestos contra o hijab, a vestimenta obrigatória pela doutrina islâmica.
Casos de envenenamento vêm sendo registrados desde novembro do ano passado, no Irã.https://t.co/S4gupneItO
— Aventuras na História (@AvHistoria) February 27, 2023