REUNIÃO BILATERAL

Líderes da China e do Irã pedem que Afeganistão termine com as restrições às mulheres

Xi Jinping e Ebrahim Raisi se encontraram em Pequim, a capital chinesa, para estreitar laços econômicos e políticos.

Líderes da China e do Irã pedem que Afeganistão termine com as restrições às mulheres
O presidente da China, Xi Jinping, criticou também a política americana para o Afeganistão (Crédito: Photo by Feng Li/Getty Images)

A China e o Irã solicitaram ao Afeganistão que acabe com as restrições ao trabalho e à educação das mulheres em um comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira (16). O Afeganistão faz fronteira com a China e Irã.

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Anúncio ocorreu no final de uma visita  do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ao seu homólogo chinês Xi Jinping, em Pequim, durante a qual os dois lados demonstraram proximidade econômica e política e confirmaram a rejeição aos padrões ocidentais de direitos humanos e democracia.

Desde que assumiu o governo do Afeganistão em agosto de 2021, o Talibã, grupo radical islâmico,  proibiu mulheres e meninas de frequentarem universidades e escolas após a sexta série e forçou a saída de mulheres de cargos eletivos e de outras posições de destaque político e administrativo.

“Os dois lados pediram que os governantes afegãos formem um governo inclusivo em que todos os grupos étnicos e políticos participem efetivamente, além de cancelarem todas as medidas discriminatórias contra as mulheres, minorias étnicas e outras religiões”, disse o comunicado.

O documento acrescenta que os Estados Unidos e seus aliados da OTAN “devem ser responsáveis pela atual situação no Afeganistão”. Os EUA apoiaram o governo eleito do Afeganistão contra o Talibã, mas se retiraram em meio ao aumento dos custos e à diminuição do apoio a um governo que foi incapaz de combater um renascimento do Talibã.

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O apelo pelos direitos das mulheres é notável vindo do regime muçulmano xiita do Irã, que foi desafiado por meses de protestos desencadeados pela morte Mahsa Amini, uma jovem mulher que foi presa por supostamente não cobrir os cabelos.

A teocracia do país executou pelo menos quatro homens desde que as manifestações começaram em setembro pela morte de Mahsa Amini. Todos eles enfrentaram julgamentos rápidos e a portas fechadas, que foram severamente criticados por muitos países.

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