Os Estados Unidos (EUA) instituíram um prazo de 30 dias para que as agências do governo deletem o aplicativo Tik Tok dos aparelhos celulares. Esta é uma tentativa da Casa Branca de evitar o compartilhamento de dados do país com a China por meio da plataforma de armazenamento da ByteDance, empresa responsável pelo Tik Tok.
A informação foi divulgada por Shalanda Young, diretora do Escritório de Administração e Orçamento dos Estados Unidos, em um memorando de orientação.
A medida foi ordenada pelo Congresso Nacional norte-americano em dezembro do ano passado, seguida de proibições semelhantes no Canadá, União Europeia e Taiwan. A decisão não afeta os mais de 100 milhões de cidadãos que utilizam o aplicativo, no entanto pode ser combustível para os pedidos de proibição total do Tik Tok nos EUA.
Um mês antes da aprovação da medida, Chris Wray, o diretor do FBI (Federal Bureau of Investigation –departamento de investigação dos EUA), disse que as operações do app no país são um risco porque podem ser usadas pelo governo Chinês para influenciar os usuários ou controlar os dispositivos.
Donald Trump também tentou impedir que novos usuários fizessem parte da plataforma, mas perdeu as diversas batalhas judiciais em que tentou instituir a regra. Em 2021, Joe Biden suspendeu as ordens expedidas por Trump e pediu que fosse conduzida a revisão da segurança dos aplicativos pelo Departamento de Comércio.
Chris DeRusha é o diretor federal de segurança da informação e disse que a “orientação faz parte do compromisso contínuo do governo em proteger nossa infraestrutura digital e proteger a segurança e a privacidade do povo americano”.
A Casa Branca, o Departamento de Defesa, o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Estado dos EUA já haviam proibido o Tik Tok ainda antes da votação pelo Congresso.
Young também escreveu em seu memorando que “exceções gerais aplicáveis a uma agência inteira não são permitidas”, isto é, podem existir exceções caso haja segurança nacional, a aplicação da lei ou atividades de pesquisa de segurança e aprovação dos líderes das agências.