TRUCULÊNCIA

Mulher é expulsa de voo após se recusar a despachar mochila; veja o vídeo

Pastas da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos acionaram PGR; Ministério das Mulheres fala em racismo e misoginia.

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(Crédito: Reprodução)

Uma mulher foi expulsa na madrugada de hoje (29) de um voo da companhia aérea Gol. O avião faria a rota entre Salvador (BA) e São Paulo; uma testemunha falou em racismo. Imagens que circulam nas redes sociais mostram a jovem, identificada como Samantha Vitena, questionando, dentro do avião, a abordagem de três homens da Polícia Federal que a tiraram lá de dentro.

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A Gol informou que a mulher não seguiu no voo porque “não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas”. 

De acordo com a jornalista Elaine Hazin, que testemunhou o ocorrido, Samantha foi ignorada por comissários quando precisou de lugar para guardar sua mochila no babageiro dentro do avião. Logo após, como Samantha não encontrou um lugar adeuado, a tripulação pediu que ela fosse despachada, mas Samantha se negou a despachar, devido ao risco de dano ao seu computador.

A mulher teria sido auxiliada por outros passageiros, e não por comissários, até encontrar espaço para guardar a mochila. Ainda assim, segundo a testemunha, três agentes da Polícia Federal que disseram ter sido chamados pelo comandante, expulsaram-na do voo. Elaine Hazin classificou o episódio como sendo um fato “extremamente violento de racismo”.

A jornalista que presenciou o ocorrido relatou ao g1 que foram momentos de tensão dentro do avião. Ela relatou que o voo estava com mais de uma hora de atraso quando os passageiros foram convocados ao embarque. As pessoas começaram a colocar suas bagagens nos compartimentos dentro do avião, mas Samantha não encontrou local para sua mochila.

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Elaine disse que, durante a discussão com Samantha, um dos tripulantes da Gol teria dito: “Se você não despachar, a gente não sai daqui. Ou você despacha ou você sai do voo”. Ela acrescentou que “foi uma angústia, um terror, uma violência”.

A Gol explicou que havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e muitos clientes colaboraram ao despachar os volumes gratuitamente. No entanto, “uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”. A empresa lamentou os transtornos e disse que a situação foi causada por “medidas de segurança”. A companhia ressaltou que segue apurando o caso.

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