A 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou, por improbidade administrativa, o ex-governador do DF, José Roberto Arruda, à perda dos direitos políticos por 12 anos. A sentença é um desdobramento da operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal.
A operação investigou o chamado “mensalão do DEM“. O esquema de corrupção envolvia a compra de apoio de deputados distritais na Câmara Legislativa do DF (CLDF) pelo governo Arruda, em 2009. Arruda já havia recebido essa sanção em outro processo oriundo da Caixa de Pandora, que o impediu de concorrer nas eleições de 2022.
O juiz titular da 2ª Vara, Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, condenou, ainda, o ex-governador do DF ao pagamento de multa de R$ 10 milhões, em valores atualizados. Arruda também está proibido de contratar com o poder público ou de receber incentivos fiscais, pelo período de 10 anos.
Um vídeo da TV Globo, divulgado em 2006, mostrou imagens do ex-governador José Roberto Arruda recebendo uma sacola com R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa, secretário de Relações Institucionais do governo e tornou-se um dos réus. Durval é ex-delegado da Polícia Civil e, depois, tornou-se delator da operação.
A nova ministra é mulher do José Roberto Arruda, que foi filmado recebendo propina quando era governador de Brasília.
Tem como o (des)governo Bolsonaro dar certo? pic.twitter.com/naBrIe0d08— 🅱🅴🅻🅲🅷🅸🅼ó🆁 (@mello1400) March 30, 2021
Após a divulgação do material e no decorrer das investigações deflagradas pela PF, Arruda chegou a apresentar quatro recibos, afirmando que o recebimento do dinheiro seria “para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal”, de 2004 a 2007.