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Pós-pandemia: problemas ligados à saúde mental estão mais latentes entre brasileiros

A saúde mental impacta diretamente não só o desenvolvimento pessoal, mas também o profissional, com queda de produtividade e prejuízos financeiros

O cenário pós-pandêmico foi lembrado como um dos fatores mais recentes a influenciarem a saúde mental. O tópico discutido no Fórum Saúde LIDE
(Crédito: Divulgação/LIDE)

O cenário pós-pandêmico foi lembrado como um dos fatores mais recentes a influenciarem a saúde mental. O tópico foi um tema central do Fórum Saúde LIDE, realizado ontem (18) em São Paulo. Na ocasião, o psiquiatra Arthur Guerra, cofundador da Caliandra Saúde Mental, alertou que apesar das perspectivas iniciais de melhora neste contexto após a Covid-19, as doenças ligadas à essa área estão mais latentes na população brasileira.

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Todos nós estamos afetados pela nossa saúde mental. De cada 3 pessoas, uma tem problema sério”, afirmou Guerra.

Esse número impacta diretamente não apenas o desenvolvimento pessoal, mas também o profissional, com queda de produtividade e prejuízos financeiros, como exemplificou o médico psiquiatra. No caso, a atenção da empresa à saúde mental de seus funcionários e a aplicação de ações fez com que 93% dos pacientes melhorassem os sintomas e tivesse uma economia de R$ 4 milhões no período de quatro anos.

Para o executivo, o segredo da conquista de bons resultados é o diagnóstico precoce e a redução das barreiras de acesso de tratamento. Ainda neste contexto de diagnóstico rápido, a professora da UNIFESP Gisele Sampaio Silva, neurologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, trouxe ao debate a realidade das doenças neurológicas como AVC e enxaqueca.

A neurologista destacou que além de poderem levar à morte, essas doenças são fatores determinantes para a perda de qualidade de vida dos pacientes por anos. Para evitar esse sofrimento, a médica é enfática ao defender a prevenção com o diagnóstico e tratamento da hipertensão, e a adesão a hábitos mais saudáveis. Alexandre Kaup, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, também discursou sobre enxaqueca e reforçou que a doença não está ligada à alimentação ou ao estresse, já que é genética.

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De acordo com Kaup, 30 milhões de pacientes convivem com enxaqueca no Brasil, somando 600 mil crises por dia – dados que refletem em uma perda financeira de R$ 67 bilhões por ano no país. O médico participa do primeiro estudo clínico, nacional e randomizado com canabidiol, canabigerol e THC para o tratamento da doença.

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