A África do Sul fez uma denúncia na Corte Internacional de Justiça contra Israel por genocídio em dezembro de 2023, o que vem gerando repercussões. No domingo (7), a Bolívia manifestou apoio. Já nesta terça-feira (9), Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, declarou que essa acusação de genocídio sobre o povo palestino na Faixa de Gaza “não tem mérito”.
O secretário dos EUA fez o comentário durante uma coletiva de imprensa depois de conversas com líderes israelenses em Tel Aviv. No entanto, Blinken reiterou que os Estados Unidos reconhecem que o elevado número diário de vítimas civis na Faixa de Gaza durante a guerra é preocupante. Vale ressaltar que essa estatística de mortos e feridos é alvo de uma disputa de narrativas entre Israel e o Hamas.
🇵🇸🇿🇦 Ativistas pró-Palestina entregam flores aos representantes da Missão Sul-Africana na ONU, como forma de agradecimento pela decisão da África do Sul de acusar Israel de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça. ✊🏽 pic.twitter.com/DVJGMi26gj
— Sou Palestina🇵🇸🇮🇷🇪🇭 (@soupalestina) January 9, 2024
Além disso, Blinken destacou a importância da volta dos palestinos às suas casas assim que as condições o permitirem. Ainda, mencionou um acordo para que a Organização das Nações Unidas (ONU) conduza uma missão de avaliação na Faixa de Gaza.
Contudo, o secretário ressaltou a oposição dos Estados Unidos a qualquer proposta que tenha como propósito a defesa do reassentamento de palestinos fora de Gaza. Ele enfatizou que é responsabilidade da Autoridade Palestina a implantação de reformas.
Por fim, acrescentou que outros países do Oriente Médio estão dispostos a contribuir para o desenvolvimento futuro na Faixa de Gaza, desde que haja uma perspectiva clara quanto a um Estado palestino.
Presidente @LulaOficial, o Brasil pode e deve apoiar publicamente a petição da África do Sul à Corte Internacional de Justiça sobre o genocídio que “israel” executa na Palestina.
O genocídio está caracterizado pelos números de mortes, feridos e destruição. Já são mais de 30 mil… pic.twitter.com/I9a3hR9UEG
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) January 9, 2024
* Matéria publicada sob supervisão de Ricardo Parra.