Nesta terça-feira (9), a Justiça ordenou o bloqueio geral dos bens de Alberto Fernández e determinou também, por ordem do juiz Julián Ercolini, a quebra de seu sigilo fiscal e bancário no âmbito do caso que investiga manobras supostamente fraudulentas na contratação de seguros de organizações oficiais.
A medida em questão se estende a outros empresários e ex-funcionários da Nación Seguros envolvidos no escândalo dos seguros durante o mandato do ex-presidente Fernández.
Poucos dias após a saída do ex-chefe da Nación Seguros, Mauro Tanos, o juiz Ercolini ordenou o bloqueio geral dos bens do ex-presidente. A determinação é em razão do caso que investigava uma suposta rede de contratos milionários, por meio da qual corretores privados teriam mantido grandes somas de dinheiro.
O magistrado lidera a investigação de supostas irregularidades surgidas em torno do Decreto 823/2021, por meio do qual o ex-presidente impôs ao Setor Público Estadual a obrigação de contratar serviços de seguros exclusivamente com a empresa Nación Seguros SA; por estes serviços foram pagos cerca de US$ 3,4 bilhões em comissões.
Bloqueio de bens de suspeitos
Além disso, o juiz ordenou o bloqueio geral do ex-gerente da Nación Seguros, Alberto Pagliano; do corretor Héctor Martínez Sosa, de sua esposa María Cantero; do secretário do ex-presidente, do corretor Pablo Torres García;e das empresas Bachellier, San Ignacio, Castello Mercuri e San Germán, entre outras organizações ligadas ao suposto esquema fraudulento.
O bloqueio também afetou dois ex-funcionários da Nación Seguros recentemente demitidos: Mauro Tanos, ex-integrante de La Cámpora promovido pelo atual Governo a gerente geral; e Marcos Eufemio, que trabalhava como gerente de compras.
A denúncia surgiu a partir de uma auditoria realizada pelo governo de Javier Milei, que detectou irregularidades no órgão público ligado às intermediações de seguros da ANSES e outras organizações durante a gestão de Alberto Fernández, encerrada em dezembro passado.
La justicia dictó la inhibición se bienes de Alberto Fernández en la causa de los seguros, al estafar al Anses.
Qué loco que el mismo Anses estafado por Alberto Fernández hoy le pague 7 millones de pesos en pensión “honorífica”, y que esa pensión sea inembargable.
A su medida.— María de los Ángeles 💛 💚 (@mariadelos1981) April 10, 2024