O Ministério Público da Argentina imputou hoje o ex-presidente da nação Alberto Fernández e outros ex-funcionários por uma suposta manobra fraudulenta na contratação de seguros para organismos oficiais concedidos pelo organismo em questão com “Créditos Anses”.
Esta é uma causa paralela à já existente, originada a partir de uma denúncia da Ministra de Capital Humano, Sandra Pettovello.
Conforme a apresentação judicial, ao conceder créditos pela ANSES (Associação Nacional da Segurança Social), foram contratadas apólices de seguros através da Nación Seguros, pagando comissões “indevidas”. Portanto, foram imputados o ex-titular da Nación Seguros, Alberto Pagliolo, e o ex-Diretor do Fundo de Garantia de Sustentabilidade da ANSES, Federico Alejandro D’Angelo Campos.
Também foram imputados o responsável pela San Ignacio Sociedad de Productores Asesores de Seguros SA e o responsável pela TG Broker S.A., pois foram contratados como organizador e produtor por D’Angelo Campos sem a realização de qualquer licitação, justificando a “falta de custo” para o Estado.
A manobra ocorria quando um crédito era concedido a aposentados e pensionistas, pelos quais não se poderia recuperar, entre outras coisas, devido ao falecimento. Pelo menos, entre março de 2022 e outubro do ano seguinte, foi pago o montante de 10 bilhões de pesos.
Como medida de prova, o procurador Ramiro González sugeriu ao juiz Julián Ercolini solicitar à Auditoria Geral da Nação um relatório sobre os fatos, informes à Superintendência de Seguros sobre as seguradoras San Ignacio Sociedad de Productores Asesores de Seguros S.A. e TG Broker S.A.
Também foi sugerido que a Chefe de Gabinete de Ministros fornecesse o decreto 823/2021, que impôs a obrigação de conceder os créditos com apólices de seguro, bem como verificar se são fornecedores do Estado.
Defesa de Fernández
O ex-presidente argentino, que está na Espanha desde que perdeu as eleições, disse, em entrevista à La Nación que se trata de “uma operação política” e que “se algum funcionário fez algo que não devia, que responda”.
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