Durante os protestos pró-Palestina, em quatro universidades dos EUA neste final de semana, mais de 200 pessoas foram presas. Isso eleva para 700 o total de manifestantes detidos desde o início dos protestos, em 18 de abril.
Neste final de semana, as detenções foram registradas na Universidade Northeastern, na Universidade Estadual do Arizona, na Universidade de Indiana e na Universidade de Washington em St. Louis. Além disso, até agora, os protestos chegaram a ocorrer em algumas das universidades mais renomadas do país, como Columbia, Harvard e Yale.
Os manifestantes demandam que as universidades dos EUA rompam suas relações com Israel e com empresas que, segundo os estudantes, contribuem para viabilizar o conflito. O centro desse movimento é a Universidade Columbia, em Nova York. Nesse sentido, lá os ativistas montaram um acampamento com bandeiras palestinas e mensagens de apoio a Gaza.
Na semana passada, instituições de ensino em todo o país adotaram abordagens diversas para lidar com as manifestações. Algumas optaram por recuar e tentar reduzir as tensões. Enquanto isso, outras, como a Universidade do Sul da Califórnia e a Universidade Emory, tomaram medidas rápidas para desfazer acampamentos e deter estudantes e docentes.
Mais sobre as manifestações de sábado (27) nas universidades dos EUA
Na Universidade Northeastern, em Boston, manifestantes ergueram um acampamento no campus durante a semana, atraindo mais de 100 apoiadores. Após a administração solicitar a saída dos manifestantes, muitos estudantes não acataram a ordem. Agentes da polícia estadual de Massachusetts chegaram ao local ainda de madrugada no sábado, dando início às detenções.
A polícia afirmou ter detido 102 manifestantes, embora não tenha ficado claro quantos deles eram estudantes. A universidade mencionou que as autoridades liberaram os alunos que apresentaram suas identidades estudantis. A desocupação da maior parte do acampamento ocorreu por volta das 11h.
Já na Universidade Estadual do Arizona, a polícia escolar prendeu 69 pessoas que estavam em um acampamento não autorizado. A universidade declarou que os manifestantes que organizaram o acampamento foram instruídos diversas vezes a se dispersarem.
Enquanto isso, na Universidade de Indiana, após a polícia universitária deter 33 manifestantes no começo da semana, o campus e a polícia estadual prenderam mais 23 pessoas neste sábado. As autoridades explicaram que um grupo montou várias tendas na noite de sexta-feira (26) com o objetivo declarado de ocupar o espaço universitário por tempo indeterminado.
A clip showing Jill Stein, the US presidential candidate for the Green Party, while being arrested at the University of Washington during a pro-Palestinian protest. pic.twitter.com/FWVepM1esQ
— PALESTINE ONLINE 🇵🇸 (@OnlinePalEng) April 28, 2024
* Sob supervisão de Lilian Coelho