O presidente Javier Milei inaugurou a 142ª sessão ordinária no Congresso Nacional na sexta-feira, 1º de março, e confirmou que fecharia o INADI (Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e o Racismo) e a agência de notícias pública argentina, Télam. Apesar de ainda não haver nenhuma lei ou decreto que o ordene, durante a noite do último domingo, o site foi desativado, e os funcionários denunciaram nas redes sociais que o governo ordenou que a redação fosse cercada.
“O governo nacional está realizando um dos piores ataques à liberdade de expressão nos últimos 40 anos de democracia”, denunciaram o Somos Télam, que reúne os funcionários da agência estatal de notícias, em sua conta do Twitter.
“Assim encontramos a Agência Télam esta manhã. Nos impedem de entrar e também bloquearam o site e os sistemas. Sete dias de ‘dispensa laboral’. Os meios de comunicação públicos são uma voz necessária, sempre. #TelamNoSeCierra #TelamSeDefiende”, escreveu a jornalista Andrea Vulcano em uma mensagem acompanhada por um vídeo das grades.
A assembleia dos trabalhadores da Télam convocou um “abraço” à agência, localizada na Bolívar 531, na Cidade Autônoma de Buenos Aires, para esta segunda-feira às 12h30. No entanto, no domingo à meia-noite, eles atualizaram a situação e afirmaram que a redação foi cercada, anexando imagens da operação.
“O governo nacional está promovendo um dos piores ataques à liberdade de expressão nos últimos 40 anos de democracia”, denunciaram. Enquanto isso, o site do meio público também foi desativado e exibe um erro com o escudo nacional e a frase: “Página em reconstrução”.
🇦🇷 | PROTESTOS NA ARGENTINA
Após o presidente da Argentina, Javier Milei, mandar paralisar os trabalhos da Telam, a televisão Argentina, por 1 semana, a polícia rodeou o prédio.
Os funcionários protestam do lado de fora.pic.twitter.com/VTGFtxPIL5— Conexão Américas (@Conexamericas) March 4, 2024
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