John Tinniswood, o homem mais velho do mundo, celebrou nesta semana seu 112º aniversário. “Nenhum segredo especial“, disse ele, quando questionado sobre como conseguiu viver tanto tempo. Nascido em 26 de agosto de 1912, em Liverpool, na Inglaterra, Tinniswood compartilhou suas memórias e reflexões sobre sua impressionante vida.
Morando agora em um lar para idosos em Southport, Tinniswood tornou-se a pessoa mais velha do mundo em abril de 2023, após o falecimento do venezuelano Juan Vicente Pérez Mora, que detinha o recorde anterior aos 114 anos. Com uma vida repleta de eventos históricos e experiências únicas, ele lembra que tinha apenas dois anos quando a Primeira Guerra Mundial começou e 27 anos quando a Segunda Guerra Mundial estourou.
Durante sua juventude, Tinniswood trabalhou no Corpo de Pagamento do Exército, onde trabalhou na organização de suprimentos para soldados isolados. Ele também é lembrado como o veterano sobrevivente da Segunda Guerra Mundial mais velho do mundo. Apesar de atravessar duas guerras mundiais, ele sugere que sua longevidade pode não ter um segredo específico.
🚨VEJA! Homem mais velho do mundo celebra 112º aniversário: “Pura sorte”
Britânico John Alfred Tinniswood, considerado atualmente o mais velho do mundo, nasceu em 1912, o mesmo ano em que o Titanic afundou pic.twitter.com/8RibjUBs2L
— FUTRIKEI (@futrikeiof) August 26, 2024
A longa vida do homem mais velho do mundo e sua visão de mundo
Ao longo de sua vida, Tinniswood foi bastante ativo. Ele compartilha que gostava de caminhar muito quando jovem, mas acredita que seu estilo de vida não difere muito do de outras pessoas. “Ou você vive muito ou pouco, e não há muito que você possa fazer a respeito“, afirmou, insistindo que sua dieta simples, sem nenhuma restrição especial, também não é o fator determinante para sua longevidade.
O caso de Tinniswood ilustra o chamado viés do sobrevivente, um conceito explicado por Bradley Elliott, professor de fisiologia humana na Universidade de Westminster. Elliott comenta que muitos dos indivíduos mais velhos do mundo, como Tinniswood, apresentam saúde excepcional sem que haja uma explicação clara ou uma fórmula mágica.
“É o viés cognitivo e estatístico resultante de contar apenas aqueles que estão próximos o suficiente para serem contados, mas ignorando aqueles que não ‘sobreviveram'”, explicou o professor em entrevista ao portal acadêmico The Conversation.
O professor Elliott também destaca que, embora o exercício ao longo da vida esteja associado a uma boa saúde na velhice, isso não significa necessariamente que uma coisa cause a outra. Essa correlação pode ser atribuída a um leque de fatores, incluindo a ausência de doenças crônicas como câncer, diabetes e doenças cardíacas.
Ele explicou que, a nível populacional, muitos fatores contribuem para a saúde e longevidade, incluindo melhorias nos cuidados de saúde, um estilo de vida saudável e a sorte.