Durante sua campanha presidencial, o presidente argentino, Javier Milei, fez declarações sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rotulando-o com termos pejorativos. Apesar das críticas, o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, afirmou que Milei não vê motivos para se arrepender.
“Está dentro de seus desejos e respeitamos, mas o presidente (Milei) não cometeu nada de que tenha que se arrepender, ao menos por ora”, disse Adorni em entrevista coletiva ao ser questionado sobre a fala de Lula, dada em entrevista ao portal UOL.
Em uma reunião de cúpula do G7 na Itália, os dois líderes não mantiveram conversas bilaterais, limitando-se a um cumprimento rápido. O encontro foi palco para um breve e frio contato entre Lula e Milei, evidenciando a falta de diálogo decorrente dos recentes comentários do presidente argentino.
Na entrevista ao UOL, Lula disse que não conversou com Milei, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), porque acha que ele lhe deve um pedido de desculpas pessoal e ao Brasil por ter falado “muita bobagem”.
TIEMBLA LA CASTA ROJA
Muchos comunistas enojados y con acciones directas contra mi persona y mi espacio…
LA LIBERTAD AVANZA
VIVA LA LIBERTAD CARAJO pic.twitter.com/BIZoPu8TT4— Javier Milei (@JMilei) October 4, 2023
Qual é a origem do conflito entre Milei e Lula?
Durante sua campanha para a presidência da Argentina, Milei chamou Lula de comunista, ladrão e corrupto, exacerbando as tensões políticas e lançando dúvidas sobre a possibilidade de uma relação diplomática saudável entre Argentina e Brasil sob suas lideranças.
Como as declarações afetam as relações bilaterais entre Argentina e Brasil?
A falta de um pedido de desculpas por parte de Milei implica um estado contínuo de tensão nas relações diplomáticas entre Argentina e Brasil. O posicionamento de Lula, condicionando qualquer diálogo futuro à retratação do presidente argentino, sublinha a gravidade com que o Brasil está tratando esse incidente. Se Javier Milei mantiver sua posição sem se desculpar, as relações bilaterais entre Argentina e Brasil podem enfrentar um período de estagnação ou até mesmo voltar a períodos de frieza, como já visto em décadas anteriores.
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