ESTIAGEM E FOGO

Queimadas: Rondônia tem pior julho em quase 20 anos, diz Inpe

Nos sete primeiros meses de 2024, o estado registrou 2.082 focos de queimadas, o que corresponde a um aumento de 183% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 736 focos foram detectados

Queimadas: Rondônia tem pior julho em quase 20 anos, diz Inpe
Incêndio no parque Guajará-Mirim, no estado de Rondônia – Crédito: PrevFogo/Divulgação

Rondônia bateu recordes de focos de queimadas. O mês de julho foi o pior em quase 20 anos, segundo informações do Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estado vive uma condição de seca severa em seu território.

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Foco de queimadas: detecção

Um foco precisa ter pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura para que os chamados “satélites de órbita” possam detectá-los. Já no caso dos satélites geoestacionários, a frente de fogo precisa ter o dobro desse tamanho para ser localizada, segundo informações do Inpe.

De acordo com os dados obtidos do BDQueimadas, julho foi o mês com maior número de queimadas neste ano (até o momento) e também o pior se comparado com o mesmo período dos últimos 19 anos.

Nos sete primeiros meses de 2024, o estado de Rondônia registrou 2.082 focos de queimadas, o que corresponde a um aumento de 183% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 736 focos foram detectados.

Seca em Rondônia

Este mês de recorde em número de focos de queimada também se destacou, de modo negativo, com relação à estiagem, ou seja, ao período de seca. O Rio Madeira, que tem cerca de 3.200 km de extensão, atingiu em julho uma sequência de recordes, com níveis mínimos históricos. O rio banha a capital Porto Velho.

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Famílias ribeirinhas já sofrem com a falta de água e praias gigantes se formaram onde antes era possível enxergar apenas água.

A seca e as queimadas em número recorde colocaram Porto Velho entre as cidades com os piores índices de qualidade do ar do país. Especialistas relacionam as novas frentes de desmatamento, avanço das pastagens no sul do Amazonas e as queimadas na região como os principais responsáveis pela péssima qualidade do ar.

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