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Lula e Biden defendem realização de novas eleições na Venezuela

Líder da oposição venezuelana se manifestou contra a proposta

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Lula e Biden defendem realização de novas eleições na Venezuela – Créditos: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (15), que é a favor de uma nova eleição na Venezuela. As declarações, dadas a jornalistas, acontecem depois de o Brasil solicitar a realização de outra rodada de votações no país. Similarmente, Gustavo Petro, presidente da Colômbia, apoiou a ideia, também nesta quinta-feira.

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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, se manifestou contra a proposta assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre ela. “A eleição já aconteceu”, disse a jornalistas do Chile e da Argentina.

“Eu pergunto: vamos para uma segunda eleição e, se não gostarem do resultado, iremos para uma terceira? Quarta? Quinta? Até que o presidente Nicolás Maduro goste dos resultados? Vocês aceitariam isso em seus países, que, se o resultado não for satisfatório, repitam a eleição? Nós participamos da eleição seguindo as regras da tirania. Muitos me disseram que éramos loucos, que correríamos riscos e que haveria uma fraude monumental que não poderíamos provar. Algumas pessoas foram mortas ou estão hoje presas, escondidas ou tiveram que fugir do país. Não reconhecer o que aconteceu em 28 de julho, para mim, é uma falta de respeito com os venezuelanos que deram tudo de si e expressaram sua soberania popular”, afirmou.

Proposta de Lula

O petista mencionou a recomendação de repetir as eleições enquanto era entrevistado pela rádio T FM, do Paraná, e afirmou que ligaria a Maduro. “Se ele tiver bom senso, ele poderia fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário, que participe todo mundo, e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições”, disse Lula.

Além disso, Lula enfatizou que ainda não reconhece a vitória de Maduro, porque “não quer se comportar de forma apaixonada ou precipitada”. O posicionamento do Brasil depende da apresentação das atas eleitorais da Venezuela, comprovando o resultado das eleições.

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Eleições na Venezuela

A Venezuela realizou suas eleições presidenciais no dia 28 de julho. Algumas horas depois, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), equivalente à Justiça eleitoral na Venezuela, declarou que Maduro foi reeleito com 52% dos votos. Entretanto, não apresentou as atas que comprovassem o número de votos, alegando seu sistema sofreu um ataque de hackers.

Já a oposição afirma que seu candidato, Edmundo González, venceu a disputa com 67% dos votos. O grupo criou um site contendo cópias de mais de 80% das atas digitalizadas. Uma contagem independente realizada pela agência de notícias Associated Press, utilizando as atas disponibilizadas no site, indicou a vitória de González com uma margem aproximada de 500 mil votos.

A comunidade internacional também contesta o resultado divulgado.

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