Segundo uma base de dados compilada pela AFP, após a recuperação dos corpos de seis reféns na Faixa de Gaza pelo Exército israelense, 64 deles ainda estão em cativeiro e são considerados vivos. Esse grupo é composto por israelenses, incluindo cidadãos com dupla nacionalidade, e por trabalhadores estrangeiros.
O Hamas, movimento islamista palestino, utiliza esses reféns como uma ferramenta de negociação para alcançar objetivos políticos, incluindo um cessar-fogo e a libertação de prisioneiros. Entre os 64 reféns que se acredita estarem vivos, 57 são israelenses, dos quais três possuem cidadania dupla.
O grupo também inclui seis tailandeses e um nepalês. De acordo com os dados, há 52 homens, 10 mulheres e duas crianças entre os sequestrados. Além disso, 11 desses reféns são soldados, sendo cinco deles mulheres.
Desde o final da trégua em 1º de dezembro de 2023, as operações do Exército israelense resultaram na libertação de sete reféns. Porém, o destino dos demais continua incerto. O Hamas já anunciou a morte de alguns reféns, mas essas informações carecem de confirmação por Israel. Entre os casos está o do bebê Kfir, sequestrado com apenas oito meses e meio junto com sua mãe, Shiri Bibas, de 32 anos, e seu irmão mais velho, Ariel, de quatro anos.
…a ameaça real da continuidade da guerra após a libertação dos reféns. Os reféns são a carta mais valiosa que o Hamas tem para botar pressão sobre Israel, e o interesse do Hamas é na retirada total das forças israelenses de Gaza por um longo período. (8/24)
— João Koatz Miragaya (@joaokm.bsky.social) Sep 3, 2024 at 9:21
Corpos de reféns levados para Gaza
Uma parte dos reféns mortos já estava sem vida antes de serem levados para Gaza em 7 de outubro de 2023, resultado do ataque inicial dos milicianos islamistas. Outros 35 faleceram em Gaza, incluindo seis cujos corpos foram encontrados em um túnel, com sinais de execução a queima-roupa, em setembro de 2024. Em um incidente, o próprio Exército de Israel acabou causando a morte de três reféns por engano em dezembro de 2023.
Prisioneiros do festival Tribe of Nova e do kibutz de Nir Oz
A maioria dos reféns que se supõe que ainda estejam em Gaza foi sequestrada no festival de música Tribe of Nova ou no kibutz de Nir Oz. No festival, realizado perto do kibutz Reim, 370 pessoas foram assassinadas e pelo menos 44 foram levadas para cativeiro. Desses, 17 ainda estão vivos na Faixa de Gaza, enquanto nove foram libertados. No kibutz Nir Oz, foram sequestradas mais de 74 pessoas; 38 foram libertadas, mas muitos ainda permanecem em cativeiro ou perderam a vida.
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