A advogada Lizani Conceição de Miranda, de 43 anos, foi detida neste sábado (31) após ser acusada de praticar injúria racial contra funcionários de um bar em Campinas. O incidente gerou revolta e mobilizou as autoridades locais para uma rápida intervenção.
Conforme relatado, Lizani Miranda proferiu xingamentos racistas, chamando os funcionários de “macaco”, “favelada” e “preta encardida“. Além dos insultos, houve relatos de agressões físicas e resistência à prisão, dificultando o trabalho da polícia.
O que aconteceu no bar em campinas?
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, a confusão começou quando Lizani esbarrou em um copo e o quebrou. Um dos funcionários do bar, que não quis ser identificado, relatou à EPTV que, ao orientar a advogada a colocar o calçado, ela ficou extremamente irritada e começou a ofendê-lo racialmente.
Não satisfeita com os xingamentos, Lizani apresentou sua documentação de advogada, afirmando que ninguém poderia tirá-la do bar. Essa atitude desencadeou uma situação ainda mais tensa, levando à intervenção das forças policiais.
Lizani foi colocada em prisão preventiva, e o caso foi registrado no 1° Distrito Policial de Campinas. A acusação oficial engloba injúria racial, lesões corporais e resistência à prisão. A ação rápida da polícia foi essencial para acalmar os ânimos e garantir a segurança no estabelecimento.
Defesa de Lizani Conceição e pedido de habeas corpus
O advogado de defesa, José Eduardo Bortolotti, argumentou que a prisão preventiva de Lizani Conceição é desproporcional em relação à possível pena aplicável. Ele apresentou um pedido de habeas corpus ao Tribunal de Justiça de São Paulo, sugerindo medidas alternativas à prisão.
A defesa de Lizani alega que não há requisitos suficientes para manter a prisão preventiva e que outras medidas restritivas seriam adequadas. No momento, a Polícia Militar de São Paulo e os envolvidos no caso ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as alegações da defesa.