O atual prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) reassumiu a liderança da disputa eleitoral pela prefeitura da capital paulista com 27% dos votos, de acordo com o Datafolha. Ele está tecnicamente empatado com Guilherme Boulos (PSOL), que acumula 25% das intenções de voto. Já Pablo Marçal (PRTB) parece ter recuado, com 19%.
A pesquisa foi divulgada na tarde desta quinta-feira (12), e rompe com a tendência de empate técnico triplo entre os candidatos. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.
O serviço foi encomendado pela Folha de S. Paulo, e registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-07978/2024. Participaram 1.204 eleitores na terça (10) e na quarta (11).
Propaganda eleitoral
O período de propaganda eleitoral começou no dia 30 de agosto. O atual prefeito ocupa 65% dos blocos fixos da propaganda gratuita, maior fatia na história das eleições municipais paulistanas.
Marçal, por sua vez, vem utilizando outra estratégia: aposta em cortes para a internet, e considera a propaganda gratuita um acessório ultrapassado.
Datafolha anterior
Na edição anterior do levantamento, Nunes contabilizava 19%, enquanto Marçal registrava 21% e Boulos 23%. Apesar de estarem dentro da margem de erro, os dados indicavam uma tendência negativa para o prefeito.Agora, a pesquisa sugere uma parada no crescimento de Marçal.
Os próximos colocados aparentam estar estagnados. Tabata Amaral passou de 9% para 8%, e José Luiz Datena encolheu de 6% para 7%. Votos nulos foram de 8% para 7%, e 4% permaneceram indecisos.
Crescimento de Nunes
Nunes ampliou seu apoio com os mais pobres: 34% dos entrevistados responderam que votariam nele. Com Boulos, a porcentagem é de 21%, e Marçal 13%.
Ao mesmo tempo, a gestão atual recebeu uma melhor avaliação. 31% responderam que o governo é bom – na semana passada, eram 26%. Para 45%, Nunes é regular. 21% avaliam que é ruim ou péssimo. A taxa de decepção foi de 68% para 61%.
Marçal aparece perdendo força dentro do bolsonarismo. Passou de 48% das intenções de voto para 42%. Isso representa um crescimento de Nunes no segmento, que foi de 31% a 39%. A campanha do empresário tem sido rejeitada por causa de sua agressividade e caráter antipolítico. Jair Bolsonaro o rejeitou na manifestação de 7 de setembro, impedindo que ele subisse no seu palanque.
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