JUDY

Conheça a cachorra que sobreviveu a naufrágio e virou prisioneira de guerra

Nascida em Xangai, na China, Judy foi adotada pela Marinha Real Britânica e rapidamente conquistou o coração de todos a bordo

Judy, uma cadela da raça pointer, se tornou uma verdadeira lenda entre os soldados britânicos na Segunda Guerra Mundial
Judy, uma cadela da raça pointer, se tornou uma verdadeira lenda entre os soldados britânicos na Segunda Guerra Mundial – Crédito: Getty Images

Em meio ao caos e devastação da Segunda Guerra Mundial, uma inesperada heroína emergiu. Judy, uma cadela da raça pointer, se tornou uma verdadeira lenda entre os soldados britânicos por suas ações corajosas e lealdade inabalável. Nascida em Xangai, na China, Judy foi adotada pela Marinha Real Britânica e rapidamente conquistou o coração de todos a bordo.

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Participando de missões marítimas, Judy mostrou ser muito mais do que um simples mascote. Ela não só oferecia companhia e alegria aos marinheiros, mas também desempenhava um papel crucial na segurança e moral da tripulação. Sua importância foi ainda mais evidenciada durante vários eventos dramáticos que a transformaram em uma verdadeira heroína de guerra.

O ato de heroísmo na Segunda Guerra Mundial

Durante uma operação no mar, o navio em que Judy estava foi atacado por forças japonesas e acabou sendo afundado. Milagrosamente, Judy e alguns marinheiros sobreviveram, conseguindo nadar até uma ilha deserta no Mar da China.

Foi lá que Judy salvou a vida de seus companheiros. Graças ao seu faro apurado, ela descobriu uma fonte de água doce, vital para a sobrevivência dos soldados naquele lugar desolado. Infelizmente, esse alívio foi breve, pois eles logo foram capturados pelos japoneses e levados como prisioneiros de guerra.

Como a cachorra sobreviveu ao cativeiro japonês?

Judy foi a única cadela registrada como prisioneira de guerra com o número 81A-Medan. Os soldados britânicos fizeram de tudo para protegê-la durante o cativeiro, escondendo-a em sacos de arroz durante as transferências entre campos de prisioneiros. Sua mera presença elevava o moral dos soldados, oferecendo um lampejo de esperança em meio ao terror da guerra.

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“Foi surpreendente ver como Judy conseguiu sobreviver aos horrores da prisão”, afirmou um veterano da guerra em entrevista. Mesmo com o risco constante, os soldados se recusavam a abandoná-la, mostrando a força do vínculo entre a cadela e seus companheiros humanos.

Eventualmente, os soldados britânicos e Judy foram libertados. Ao retornar à Inglaterra, Judy foi recebida como uma verdadeira celebridade. Ela ganhou a Medalha Dickin em maio de 1946, uma honra concedida a animais por bravura excepcional em conflitos militares.

Judy passou seus dias seguintes ao lado do soldado Frank Williams, com quem compartilhava um forte laço formado nos dias de cativeiro. Ela teve uma ninhada de filhotes e viveu seus últimos anos rodeada de amor e reconhecimento. Infelizmente, em 1950, Judy teve que ser sacrificada devido a um tumor, e foi sepultada na Tanzânia, onde ainda hoje seu túmulo pode ser visitado.

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