A goiaba, ou ainda goiabinha de modo mais afetivo, é uma fruta muito comum em todo o estado de São Paulo. E agora, por obra do candidato Pablo Marçal (PRTB), o termo faz parte da campanha municipal para prefeitura da capital paulista.
Marçal respondeu às críticas do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o apelido “goiabinha”. A expressão, segundo Marçal, faz alusão a ser “verde por fora e vermelho por dentro”. O termo é uma variação de outro, mais antigo: “melancia”, frequentemente usado para descrever militares simpáticos ao comunismo e à esquerda.
A escolha do apelido parece ter tido um efeito imediato nas redes sociais. Seguidores de Marçal adotaram rapidamente o termo e começaram a utilizá-lo em comentários nas publicações de Tarcísio de Freitas.
A crítica central se concentra no apoio do governador ao atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB, que busca a reeleição. Marçal aproveitou a oportunidade para reaproximar a figura de Tarcísio à esquerda brasileira.
Ataque a Tarcísio de Freitas
Marçal, que fez carreira como coach, tem usado técnicas específicas para cutucar adversários. Ao adotar apelidos jocosos, ele visa criar uma aura de desconfiança e humor em torno de seus oponentes.
Segundo eleitores contrários a Tarcísio, a atuação do governador no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) durante o governo de Dilma Rousseff é um ponto fraco a ser explorado. Para Marçal, essa história apóia sua narrativa de que Tarcísio é, na verdade, um líder com inclinações esquerdistas.
Impacto nas redes sociais
Os apelidos criados por Marçal têm gerado grande repercussão nas redes sociais. Nos comentários das publicações de Tarcísio, a expressão “goiabinha” vem se tornando frequente, colocando pressão sobre o governador neste período eleitoral. A utilização de termos pejorativos não é novidade na política brasileira, mas a eficácia de Marçal em criar expressões que “pegam” tem sido notável.
Outros apelidos
O coach não se contenta apenas com Tarcísio de Freitas. O candidato do PRTB também apelidou outros importantes políticos em sua campanha. Ricardo Nunes foi apelidado de “Bananinha”; Guilherme Boulos recebeu o termo “Boules”, em referência à linguagem neutra. O apresentador José Luiz Datena, que deu uma cadeirada em Marçal, foi chamado de “Dá Pena”. E Tabata Amaral foi apelidada de “Chatábata”.
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