O Governo de São Paulo está se mobilizando para auxiliar no acolhimento dos brasileiros repatriados vindos de áreas de conflito no Líbano. Esse suporte, especialmente dirigido a pessoas em situação de vulnerabilidade, foi acertado após uma reunião que ocorreu neste sábado (5). Os encontros aconteceram entre representantes do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS).
Esses repatriados estão sendo trazidos de volta ao Brasil em voos da Força Aérea Brasileira (FAB). O primeiro voo, com 229 passageiros a bordo, pousou no aeroporto de Guarulhos no domingo (6). Esta operação reflete o esforço conjunto do governo para reintegrar e assistir cidadãos que enfrentaram situações adversas no exterior.
Como funciona o acolhimento aos repatriados?
A coordenadora do Serviço de Acolhimento do MDS, Niusarete Margarida de Lima, afirmou que o apoio não se resume apenas a fornecer abrigo e alimentação. Na reunião de sábado, a secretária executiva da SEDS, Juliana Armede, recebeu Niusarete na sede da pasta estadual em São Paulo. O encontro contou também com a participação de representantes do escritório da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Juliana Armede ressaltou que o serviço é peculiar por sua assistência integral aos vulneráveis. Além de assegurar necessidades básicas, ajudam com documentação e inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), facilitando o acesso dos repatriados a programas sociais, serviços e benefícios.
Serviços oferecidos pelo Governo de São Paulo?
O estado de São Paulo possui uma longa tradição de acolhimento migratório, conferida desde 2014. A secretária de Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalém, reforça que São Paulo é pioneiro na Federação nesse tipo de assistência. São três Casas de Passagem e oito Repúblicas disponíveis para atender migrantes, refugiados, solicitantes de refúgio e vítimas de tráfico humano.
Entre os serviços oferecidos, destacam-se:
- Apoio na regularização documental: garantindo que os repatriados obtenham a documentação necessária para residência e outros trâmites;
- Inscrição no CadÚnico: permitindo acesso facilitado a programas de assistência social;
- Atendimentos em saúde e educação: suporte essencial para a reintegração à sociedade;
- Aconselhamento psicológico e social: assistência emocional para lidar com traumas e dificuldades.