Horário de Verão: saiba como a decisão está sendo avaliada

Saiba como anda a possível retomada do horário de verão no Brasil e seus impactos na crise energética e na matriz energética do país.

horário de verão - Créditos depositphotos.com rfphoto
horário de verão – Créditos depositphotos.com rfphoto

O governo federal está atualmente avaliando a possível retomada do horário de verão no Brasil, com base em estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esta decisão será baseada na análise detalhada sobre a necessidade da medida para combater possíveis crises energéticas no país. Se aprovada, a implementação poderá ocorrer em 2024, após o segundo turno das eleições presidenciais. Fontes recentes indicam que o governo tende a retomar o horário de verão após as eleições presidenciais de 2024.

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Motivações para a Retomada do Horário de Verão

horário de verão - Créditos depositphotos.com lucidwaters
horário de verão – Créditos depositphotos.com lucidwaters

A discussão sobre a volta do horário de verão surgiu como uma resposta às condições climáticas adversas, especialmente a seca, segundo o Ministério de Minas e Energia. Embora a ideia tenha perdido força com a chegada do período chuvoso, diversos setores ainda discutem sobre os benefícios e desafios dessa mudança. As empresas aéreas, por exemplo, enfrentam a complexidade de ajustar a malha aérea, considerando que as passagens já foram vendidas sem o ajuste de horários nos relógios.

A Influência da Energia Solar

Desde o fim do horário de verão em 2019, a matriz energética do Brasil passou por transformações significativas. A energia solar, que tinha uma capacidade de 2,3 gigawatts, subiu para 45 gigawatts, representando mais de 21% da eletricidade gerada no país. Este crescimento levanta questionamentos sobre a real necessidade de retomar o horário de verão, já que a disponibilidade de energia durante o dia cresceu consideravelmente.

Variabilidade no Consumo de Energia no horário de verão

O pico de consumo energético, tradicionalmente ao redor das 18h, pode se deslocar em função das condições climáticas, principalmente durante ondas de calor na Região Sudeste. Nessas situações, a demanda máxima é registrada entre 14h e 16h. O ONS garante que a substituição de fontes de energia, como a solar por outras alternativas, ocorre em milissegundos, evitando interrupções no fornecimento.

O uso das termelétricas, mais caro e que impacta diretamente a conta de luz, tem sido uma solução preventiva frente à escassez de chuvas, mantendo a bandeira vermelha de nível 2 até dezembro.

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Economia e Eficiência Energética

Hidrelétricas com reservatório são apontadas como a solução mais eficaz para a geração de energia, devido à sua capacidade de resposta instantânea e ao custo relativamente baixo. As termelétricas, por outro lado, demandam planejamento prévio para serem ativadas e resultam em um custo maior por utilizarem combustível fóssil, como gás ou diesel.

Estima-se que a reintrodução do horário de verão possa economizar cerca de R$ 400 milhões, conforme declaração do ministro Alexandre Silveira. A substituição de fontes de energia, como a solar, por outras opções, é feita em milissegundos, evitando interrupções no fornecimento, de acordo com o ONS.

A decisão sobre a retomada do horário de verão depende de inúmeros fatores, incluindo o estado atual dos recursos hídricos, a evolução das fontes alternativas de energia e as implicações econômicas. O diálogo contínuo entre o governo, especialistas do setor elétrico e demais participantes do mercado é crucial para alinhar a melhor estratégia para o país.

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