facção criminosa

Relatório sugere ligação entre o Povo de Israel e o PCC

Um relatório revelou que a inteligência da pasta identificou sinais de conexão entre a facção criminosa Povo de Israel, e o PCC.
Facção “Povo de Israel” surgiu em 2004 tem se expandido – Crédito: Reprodução/Globo

Um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) revelou que a inteligência da pasta identificou sinais de conexão entre Avelino Gonçalves, conhecido como Alvinho, considerado o principal líder da facção criminosa Povo de Israel, e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Conexão entre Povo de Israel e PCC no sistema prisional

Segundo o documento, elaborado pela Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário, Alvinho teria permitido que, enquanto estava detido na Cadeia Pública Inspetor Luis Fernandes Bandeira Duarte (SEAPBD), presos fossem “batizados” (termo utilizado para descrever o ingresso) no PCC, facção com forte atuação no sistema prisional brasileiro.

Avelino Gonçalves, que também atende pelos apelidos de Alvinho e Vilão, ocupa uma posição de destaque na hierarquia do Povo de Israel, facção alvo de uma operação deflagrada nesta terça-feira (22). O criminoso foi condenado a 46 anos de prisão por diversos crimes, incluindo homicídio, roubo e estupro.

Alvinho foi preso pela primeira vez em 1999 e, em 2007, recebeu o benefício de uma saidinha temporária, mas não voltou à prisão. Ele permaneceu foragido até 2009, quando foi recapturado.

Em junho do ano passado, Alvinho foi transferido para o sistema penitenciário federal. Contudo, dois meses depois, retornou ao Rio de Janeiro, sendo encaminhado ao Complexo de Gericinó.

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A inteligência da Seap também apontou, em 2020, a circulação de K4 (maconha sintética) nas cadeias do estado. A droga foi apreendida em diversas unidades prisionais nos meses de setembro, novembro e dezembro daquele ano. A secretaria suspeita que Alvinho esteja envolvido no tráfico desse entorpecente dentro dos presídios.

De acordo com o relatório, em 2019, o PCC já teria assumido o controle do comércio de K4 em unidades sob seu domínio, embora essa conexão tenha sido posteriormente enfraquecida.

Leia também: Operação mira facção ‘Povo de Israel’, que faturou R$ 70 milhões em 2 anos com golpes

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