Se você perdeu as espetaculares bolas de fogo das Táuridas do Sul na semana passada, ainda terá outra chance de assistir a um show meteórico. A segunda fase da chuva de meteoros, conhecida como Táuridas do Norte, está prestes a alcançar seu pico de atividade.
As Táuridas do Norte vêm sendo visíveis desde outubro, mas o ponto máximo ocorrerá entre a noite de segunda (11) e a madrugada de terça-feira (12). De acordo com a NASA, o momento ideal para observação será após a meia-noite, quando as condições devem ser mais favoráveis para quem espera pacientemente por um espetáculo celeste.
Como observar as Táuridas do Norte com melhores condições
A chuva de meteoros das Táuridas do Norte parece irradiar da constelação de Touro, sendo visível em praticamente qualquer lugar do planeta, com exceção da Antártida, como explicou a Dra. Shannon Schmoll, diretora do Planetário Abrams na Universidade Estadual de Michigan.
Um obstáculo para a observação é a lua, que estará cerca de 79% cheia durante o pico, segundo a Sociedade Americana de Meteoros, o que pode dificultar a visualização no início da noite. Para contornar esse problema, Schmoll recomenda aguardar até mais tarde, quando a lua estiver se pondo, proporcionando um céu mais escuro e condições ideais para visualizar as Táuridas. Ela aconselha também a procurar um local afastado das luzes artificiais e esperar com paciência. “Não se mova muito, mas afaste-se das luzes, fique confortável e seja paciente”, orienta Schmoll.
Para determinar o melhor horário em cada localidade, é possível inserir a localização na calculadora de nascer e pôr da lua no site The Old Farmer’s Almanac.
As Táuridas do Norte, como as do Sul, se originam do Cometa Encke, que possui a órbita mais curta entre os cometas conhecidos do sistema solar, completando uma volta ao redor do Sol a cada 3,3 anos. Embora essa chuva produza menos meteoros em comparação com outras, com cerca de cinco meteoros por hora, ela se destaca pela frequência maior de bolas de fogo.
As bolas de fogo são meteoros de grande tamanho, superando o brilho comum dos outros meteoros e, às vezes, até o brilho de Vênus, segundo a NASA. Elas criam um espetáculo notável no céu, permanecendo visíveis por mais tempo e deixando rastros de duas naturezas: trilhas brilhantes e rastros de fumaça. As trilhas são formadas por moléculas de ar ionizadas e excitadas, durando de alguns segundos a minutos, enquanto as trilhas de fumaça lembram os rastros de aviões, sendo mais visíveis durante o dia.
Schmoll enfatiza que, além do valor estético, observar chuvas de meteoros permite um contato especial com o cosmos. “Algo que é realmente bom para nós é poder ter essa conexão com a natureza”, afirma. “Ainda há algo tão emocionante em ver essa… interação da Terra com o resto do sistema solar, e isso sendo uma visão tão bonita.”
As Táuridas do Norte estarão visíveis até 2 de dezembro, de acordo com a Sociedade Americana de Meteoros, proporcionando ainda mais chances de avistar bolas de fogo.
Eventos celestiais ainda por vir
Para quem deseja acompanhar outras atividades astronômicas, o calendário de 2024 reserva algumas chuvas de meteoros e luas especiais nas próximas semanas.
Próximas chuvas de meteoros:
- Leonídeas: 16 e 17 de novembro
- Geminídeas: 12 e 13 de dezembro
- Ursídeas: 21 e 22 de dezembro
Além disso, ainda há duas luas cheias para o fim do ano: a superlua de novembro, chamada Lua do Castor, em 15 de novembro, e a Lua Fria em 15 de dezembro, conforme o Farmer’s Almanac.
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