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Pantanal: área alagada diminui 61% em 35 anos, aponta MapBiomas

Pantanal: área alagada diminui 61% em 35 anos, aponta MapBiomas
Fumaça provocada por incêndio florestal no Pantanal – Crédito: Joédson Alves/Agência Brasil

O Pantanal, que possui uma área alagada considerada uma das maiores do mundo, tem enfrentado desafios devido ao desmatamento e alterações climáticas. Em 2022, o bioma teve 3,3 milhões de hectares (33 mil km²) de áreas alagadas, uma redução considerável em comparação a 2018, quando áreas inundadas chegaram a 5,4 milhões (54 mil km²) de hectares.

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A área alagada do Pantanal diminuiu 61% entre 1985 e 2023. Essas mudanças não se limitam apenas à redução desta superfície úmida. As áreas que anteriormente permaneciam submersas por longos períodos agora secam rapidamente. As informações são do portal g1.

Aproximadamente 22% da área de savana do bioma, que compreende 2,3 milhões de hectares, se tornaram secas, contribuindo assim para a alteração do ciclo de cheias e secas.

Como a redução da área alagada aumenta as queimadas?

A diminuição da área alagada tem uma correlação direta com o aumento das queimadas. Entre 1985 e 1990, os incêndios estavam associados principalmente a terras que transitavam para pastagens. No entanto, a situação se agravou após 2018, quando as queimadas passaram a ocorrer também nas proximidades do Rio Paraguai. De 2019 a 2023, o fogo devastou cerca de 5,8 milhões de hectares, atingindo áreas que antes eram inundadas.

Conforme explica Mariana Dias, do MapBiomas, “a frequência de incêndios está associada tanto à vegetação de campo quanto aos longos períodos de seca”.

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Fatores humanos no uso do solo

O uso humano da terra na Bacia do Alto Paraguai (BAP), que abrange biomas como Cerrado e Amazônia, tem se intensificado ao longo das décadas. Em 1985, 22% das terras da BAP tinham intervenção humana, número que subiu para 42% em 2022. Atualmente, as atividades humanas estão majoritariamente concentradas no planalto da BAP, responsável por 83% do uso humano da terra:

  • Entre 1985 e 2023, 5,4 milhões de hectares foram convertidos para pastagem e agricultura;
  • Desse total, 2,4 milhões de hectares eram florestas e 2,6 milhões eram savanas.

Transformações na paisagem do bioma

Embora a perda de vegetação na planície do Pantanal tenha sido menor em comparação ao planalto, ainda assim se mostra significativa.

Desde 1985, 1,8 milhão de hectares foram desmatados, afetando campos alagados e vegetação de savana. Junto a isso, a introdução de pastagens exóticas aumentou dramaticamente, passando de 700 mil hectares para 2,4 milhões de hectares, sendo que mais da metade deste aumento ocorreu nos últimos 23 anos.

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Incêndios florestais no Pantanal

O bioma do Pantanal continua a sofrer com os fortes impactos das queimadas. Neste ano de 2024, incêndios florestais já destruíram 661 mil hectares, evidenciando a gravidade do problema e a necessidade urgente de estratégias de conservação mais eficazes.

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Leia mais: MS: governo decreta situação de emergência após incêndios no Pantanal

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