homem-bomba

Diretor-geral da PF afirma haver indícios de planejamento a longo prazo nas explosões em Brasília

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou que “há indícios de planejamento de longo prazo” no atentado ocorrido.
Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal – Crédito: Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14), que “há indícios de planejamento de longo prazo” no atentado ocorrido na noite de quarta-feira (13) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Rodrigues destacou que o principal suspeito, identificado como Francisco Wanderley Luiz, já esteve na capital em outras ocasiões, incluindo o início do ano passado. No entanto, ainda não há informações confirmadas sobre sua participação nos atos de 8 de janeiro.

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Rodrigues afirmou que a unidade antiterrorismo da PF está atuando no caso, e considerou que o ataque de quarta-feira “não é um fato isolado”. Segundo ele, a ação faz parte de uma série de ataques de grupos extremistas, que permanecem ativos. “Esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas é conectado a várias outras ações, que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em um período recente”, declarou.

Diretor-geral aponta conexão com o 8 de janeiro nas investigações

Durante a investigação, a Polícia Federal encontrou mensagens na residência em Ceilândia, região próxima a Brasília, onde o suspeito havia alugado um imóvel. As paredes e espelhos da casa traziam referências diretas ao 8 de janeiro, incluindo mensagens alusivas a atos de vandalismo cometidos na Estátua da Justiça, símbolo em frente ao STF. “Há uma mensagem escrita nas paredes e em espelhos da residência fazendo menções a um ato de pichação que foi feito em 8 de janeiro na Estátua da Justiça”, relatou Rodrigues.

O diretor-geral enfatizou a gravidade da situação, classificando o episódio não apenas como vandalismo, mas como uma tentativa de ataque ao Estado Democrático de Direito. Ele destacou que o suspeito está detido e possui conexões com grupos radicais responsáveis pela ação de quarta-feira, que, segundo Rodrigues, teve o objetivo de atentar contra a vida de ministros do STF. “Ali é um ato gravíssimo que atenta contra o Estado Democrático de Direito –esta pessoa [que pichou a estátua] está presa até o presente momento– e que mostra vinculação desses grupos radicais que culminam com essa barbárie que aconteceu ontem, na tentativa de matar ministros da Suprema Corte”, completou.

Procedência e características dos explosivos

Rodrigues ressaltou que a PF está investigando a origem dos explosivos utilizados no atentado. Os artefatos, construídos de forma caseira, foram descritos como “artefatos de fragmentação” semelhantes a granadas, com grande potencial de destruição. Segundo o diretor, “isso, de fato, poderia causar um dano ainda maior se o intento fosse concluído”. O suspeito carregava ainda um extintor de incêndio carregado com gasolina, utilizado para simular um lança-chamas. No porta-malas do veículo, também foram encontrados fogos de artifício, que reforçam o poder de destruição dos materiais que o homem carregava.

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