"Punhal Verde e Amarelo"

General imprimiu plano de matar Lula, Alckmin e Moraes no Planalto, segundo PF

general
General preso nesta terça-feira (19) foi preso por imprimir plano de assassinato a Lula, Alckmin e Moraes – Créditos: Reprodução/YouTube

A Polícia Federal  revelou a existência de um  plano para atentar contra a vida de importantes figuras políticas do país. O general Mário Fernandes, que já ocupou a posição de número dois na Secretaria-Geral da Presidência, foi apontado como o responsável pela impressão de um documento denominado “Punhal Verde e Amarelo”, no Palácio do Planalto. Esse documento detalhava um plano que visava assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

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O documento em questão, composto de três páginas, foi impresso diretamente no gabinete da Secretaria-Geral. A revelação gerou uma operação que resultou na prisão de Fernandes nesta terça-feira (19). A defesa do general, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. A investigação destaca a preocupação com a segurança e a estabilidade política no Brasil.

Como foi descoberto o “Punhal Verde e Amarelo” do general?

“MARIO FERNANDES, então Secretário-executivo da Secretaria-geral da Presidência, estava no palácio do Planalto e imprimiu o planejamento operacional denominado “Punhal verde amarelo”, que descreve o plano para prender/executar o ministro ALEXANDRE DE MORAES, além dos integrantes da então chapa vencedora das eleições presidenciais LUIS INÁCIO LULA DA SILVA e GERALDO ALCKMIN”, diz a representação da PF.

A Polícia Federal desvendou o plano através de uma análise cuidadosa de documentos armazenados em um computador localizado no Palácio do Planalto. O arquivo intitulado “Plj.docx” foi interpretado como uma abreviação para “planejamento” e, em seu conteúdo, teria detalhado o plano de assassinar líderes políticos. Outros documentos, como “Fox_2017”, foram também impressos por Fernandes, que utilizava um padrão próprio para nomear arquivos de conteúdo sensível.

Os documentos criados pelo general utilizavam nomes de modelos e anos de fabricação de veículos, referência a seus carros pessoais, conforme explicado pela PF. Documentos como “Ranger_2014”, “BMW_2019” e “HD_2022” atraíram atenção por estarem organizados em uma pasta chamada “ZZZZ_Em Andamento”, indicando que as ações poderiam estar em fase de execução.

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Quais foram as medidas tomadas pela Polícia Federal?

A Polícia Federal desencadeou uma operação nesta terça-feira, que envolveu a prisão de quatro militares além de um policial federal. Esse grupo estava supostamente envolvido em um plano vinculado aos chamados “kids pretos” do Exército, um grupo que teria sido formado por membros das Forças Especiais. A operação incluiu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão, e 15 ações adicionais, como a proibição de contato entre os investigados e a suspensão temporária de suas funções públicas.

Mário Fernandes estava entre os alvos principais, incluindo militares como Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares. A operação faz parte de um inquérito que investiga se houve tentativa de um golpe de Estado após a eleição de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro foi derrotado.

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