O ex-presidente Jair Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes após ser indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21). Em entrevista ao portal ‘Metrópoles’, ex-presidente falou sobre o relator do caso.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei“, afirmou o ex-presidente.
Além disso, Bolsonaro informou que iria aguardar orientações do seu advogado para se manifestar a respeito do indiciamento. “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, completou o ex-presidente.
O ex-presidente publicou trechos da entrevista no seu perfil do X.
– Jair Bolsonaro se manifestou após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento num planejamento de golpe de Estado após a vitória de Lula, em 2022. Em conversa por telefone com a coluna Paulo Cappelli, o ex-presidente concentrou suas críticas no ministro…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 21, 2024
Bolsonaro indiciado
Bolsonaro foi indiciado pela PF por três crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
O relatório foi entregue ao STF nesta quinta, e cita outros 36 nomes. Entre eles, estão o general Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e Alexandre Ramagem, chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro.
O relator, o ministro Alexandre de Moraes, irá analisar o material e encaminhá-lo para a Procuradoria-Geral da República. A PGR, por sua vez, irá decidir se o caso exige uma denúncia contra os envolvidos. Caso haja uma denúncia e o STF concordar com a decisão, os investigados se tornam réus.
O inquérito investiga a tentativa de golpe de estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022. Além do plano de militares para assassinar o presidente, seu vice e Moraes, a PF analisou a realização dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e outras formas de mobilização.