O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao trimestre anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período de 2023, o PIB avançou 4,0%.
No terceiro trimestre, a taxa de investimento foi de 17,6% do PIB, acima dos 16,4% registrados no período de 2023. Já a taxa de poupança foi de 14,9%, abaixo dos 15,4% do mesmo trimestre de 2023.
Este aumento foi principalmente impulsionado pelo setor de Serviços, que tem se mantido como a coluna vertebral da economia nacional. Apesar de uma leve retração na Agropecuária, a Indústria e os Serviços compensaram essa queda, contribuindo para o desempenho positivo da economia brasileira.
Em termos gerais, o PIB brasileiro atingiu R$ 3 trilhões, com R$ 2,6 trilhões provenientes do Valor Adicionado a preços básicos e R$ 414 bilhões oriundos de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Vale mencionar que a alta acumulada em quatro trimestres alcançou 3,1%.
Quais setores impulsionaram o PIB?
O setor de Serviços foi o principal responsável pela expansão, registrando um incremento de 0,9% no trimestre. Dentro desse setor, destacaram-se as atividades de Informação e comunicação, que cresceram 2,1%, além de Outras atividades de serviços e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados.
Mesmo com esses resultados positivos, o setor ainda enfrenta o desafio de manter sua relevância no cenário econômico global.
Na Indústria, houve um crescimento de 0,6%, com as Indústrias de transformação tendo um desempenho notável ao registrar uma alta de 1,3% em comparação ao trimestre anterior.
No entanto, outros subsetores como Construção e Eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos experimentaram retração, refletindo as dificuldades enfrentadas por essas áreas específicas no mercado.
Como o consumo das famílias influenciou o PIB do Brasil?
O consumo das famílias registrou um aumento de 1,5% no período, representando o maior patamar da série histórica do PIB. Este resultado pode ser atribuído ao fortalecimento do mercado de trabalho, com taxas de desocupação em níveis mínimos históricos e aumento contínuo da massa salarial. Desta forma, a renda do trabalho tem impulsionado o poder de compra das famílias, favorecendo o consumo.
Embora o consumo do governo tenha desacelerado, ainda assim teve um crescimento de 0,8% no terceiro trimestre, desempenhando um papel crucial para o desempenho econômico geral. Os investimentos também apresentaram sinais de recuperação, com uma alta de 2,1%, refletindo o aumento no desenvolvimento de software e progresso na construção.
Comércio exterior
As exportações de Bens e Serviços diminuíram em 0,6% neste trimestre, enquanto as importações aumentaram em 1%. Essa movimentação no comércio exterior aponta para um cenário complexo, onde desafios na competitividade e mudanças na demanda global podem impactar o desempenho futuro do setor exportador.
(1/2) O Produto Interno Bruto (#PIB) do país cresceu (0,9%) na passagem do segundo trimestre para o terceiro.
As altas nos #Serviços (0,9%) e na #Indústria (0,6%) contribuíram para essa taxa positiva, ainda que a #Agropecuária tenha recuado 0,9% no período. pic.twitter.com/6fQ2JyIiQR
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) December 3, 2024
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