A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica que busca resolver questões emocionais e de relacionamento ao explorar as dinâmicas dentro de um sistema familiar. Desenvolvida por Bert Hellinger, essa técnica examina como eventos e emoções não resolvidas de gerações passadas podem influenciar o comportamento e a vida de um indivíduo no presente.
Esse método terapêutico é conhecido por seu uso de “representantes” que ajudam a revelar padrões emocionais inconscientes dentro da família. Apesar de ser uma prática ainda envolta em alguma controvérsia, muitas pessoas relatam benefícios e insights profundos em suas vidas pessoais após participarem de uma sessão de constelação.
Como surgiu a constelação familiar?
A origem da Constelação Familiar remonta ao trabalho de Bert Hellinger, um alemão que introduziu a prática nos anos 1980. Hellinger integrou várias teorias e métodos terapêuticos, como o psicodrama e a terapia transgeracional, para desenvolver o que hoje conhecemos como Constelação Familiar. Ele identificou três leis fundamentais: a lei do pertencimento, a lei da hierarquia e a lei do equilíbrio entre dar e receber.
Essas leis estabelecem que cada membro de uma família tem um direito fundamental de pertencer, que a ordem e respeito à hierarquia devem ser mantidos, e que deve haver um equilíbrio entre as ações de dar e receber dentro do sistema familiar. Quando essas leis são violadas, problemas e desequilíbrios emocionais podem surgir e persitir através das gerações.
A Constelação Familiar pode ser realizada de várias maneiras, dependendo do contexto e da preferência do terapeuta e do cliente. As modalidades mais comuns incluem constelações em grupo, onde participantes assumem papéis como membros da família do cliente, e constelações individuais, que utilizam objetos simbólicos para representar as dinâmicas familiares.
Os objetos podem variar desde bonecos, pedras, até itens do cotidiano que simbolizam membros ou situações da família do cliente. Independente do método utilizado, o objetivo é sempre proporcionar uma visão clara e novas percepções sobre padrões comportamentais arraigados dentro do sistema familiar.
Quem deve fazer?
A Constelação Familiar é recomendada para aqueles que buscam entender e resolver questões emocionais, comportamentais ou de relacionamento que persistem sem explicações claras. Entretanto, é vital que o indivíduo esteja preparado para enfrentar e processar as revelações que surgirem durante a sessão.
O terapeuta ou constelador avaliará se a pessoa está no momento certo para participar do processo, levando em consideração a capacidade emocional e a disposição do cliente para adotar uma postura adulta e responsável durante a constelação. Não é uma técnica indicada para todos, especialmente aqueles que não estão prontos para confrontar emoções difíceis.
Embora a constelação seja tipicamente associada a um formato grupal ou com a ajuda de um facilitador, há formas de realizar constelações individuais. Essas geralmente utilizam objetos para representar a família e são guiadas pelo próprio terapeuta ou constelador que dirige o cliente através do processo.
Segundo Bons Fluidos, com o avanço das tecnologias de comunicação, muitos profissionais têm explorado a realização de constelações à distância, como online. Esta modalidade permite que pessoas de diferentes partes do mundo acessem a terapia, mantendo o conforto e a segurança do formato presencial. Os resultados, segundo praticantes e facilitadores, podem ser igualmente profundos e transformadores, mesmo quando conduzidos remotamente.