HISTÓRICO

Conflito na Síria começou na Primavera Árabe, em 2011; relembre

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Manifestantes contra o regime em Damasco – Créditos: depositphotos.com / YAY_Images

A guerra civil na Síria é um dos conflitos mais prolongados e complexos do século XXI. Iniciada em 2011, a disputa nasceu de protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad e rapidamente se transformou em um cenário multifacetado de violência e instabilidade. Ao longo dos anos, diversas facções internas e externas têm participado das frentes de batalha, tornando a situação no país intrincada e difícil de resolver.

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Bashar al-Assad, no poder desde 2000, tem enfrentado sérios desafios para manter sua autoridade. Contudo, apesar da pressão internacional e das contínuas insurgências, seu regime conseguiu, com o apoio da Rússia, Irã e do grupo libanês Hezbollah, retomar o controle sobre grandes territórios. Porém, recentes avanços de grupos rebeldes mostram que o conflito está longe de terminar.

Quem são os principais atores do conflito na Síria?

Na complexa teia de interesses na Síria, o governo de Bashar al-Assad ocupa o centro das atenções. O apoio vital de Rússia e Irã tem sido crucial para sua capacidade de manter o poder. Enquanto isso, o Hezbollah, uma milícia xiita libanesa, também desempenha um papel significativo. Ao lado dessas forças, existem numerosas facções rebeldes, como o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que tem assumido protagonismo nas recentes ofensivas.

Os Estados Unidos e Israel ocasionalmente realizam ataques aéreos contra milícias aliadas ao governo sírio. A Turquia também mantém presença militar no norte do país, apoiando grupos rebeldes. As Forças Democráticas Sírias, lideradas pelos curdos, controlam regiões no nordeste, promovendo seus interesses em meio à luta pela autonomia.

Por que a situação na Síria se agravou recentemente?

Três fatores principais contribuíram para o recente agravamento do conflito na Síria. Em primeiro lugar, os combates entre Israel e o Hezbollah no Líbano enfraqueceram as capacidades da milícia libanesa na Síria. Em segundo lugar, a guerra da Rússia na Ucrânia desviou a atenção de Moscou, dando espaço para avanços rebeldes. Por último, as divisões internas e as disputas de poder entre diversas facções rebeldes detêm potencial para acender conflitos mais intensos.

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Aleppo é um centro histórico de importância estratégica e cultural no Oriente Médio. Durante a guerra civil, a cidade se tornou um símbolo das lutas rebeldes contra o regime. Em 2016, forças leais a Assad, com apoio russo, reconquistaram a cidade após um cerco brutal. A retomada de Aleppo foi um marco na guerra, demonstrando a capacidade do governo de reocupar territórios perdidos.

Recentemente, porém, o HTS e outras forças insurgentes voltaram a avançar em Aleppo e outras regiões, sublinhando a fragilidade do controle governamental e a permanência de tensões internas.

O futuro da Síria permanece incerto em meio ao prolongado conflito. Apesar das vitórias pontuais do regime de Assad, a falta de estabilidade política e a presença constante de forças externas dificultam qualquer resolução pacífica iminente. As rivalidades regionais e o interesse de potências mundiais mantêm a Síria em um estado de guerra que parece longe de ser resolvido.

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