O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel não implementará o cessar-fogo na Faixa de Gaza até que o Hamas entregue a lista dos 33 reféns que serão libertados na primeira fase do acordo. A declaração foi feita neste sábado (18), um dia antes do início previsto do pacto.
“Não avançaremos com o acordo até recebermos a lista de reféns que serão libertados, conforme acordado. Israel não tolerará violações do acordo. A única responsabilidade é do Hamas“, afirmou Netanyahu em nota oficial.
Cessar-fogo depende da entrega de lista de reféns pelo Hamas
Apesar da aprovação oficial do acordo por parte do governo israelense, a decisão gerou tensões dentro do gabinete. Segundo o site Axios, o Conselho de Ministros de Israel contou com 24 votos a favor e oito contrários, com maior resistência vinda de políticos da ala linha-dura.
Em pronunciamento, Netanyahu também destacou a participação das administrações de Joe Biden e Donald Trump, que trabalharam em conjunto para facilitar a negociação. Trump enviou representantes ao Oriente Médio, mesmo antes de assumir novamente a Presidência, prevista para o próximo dia 20.
Enquanto o cessar-fogo não entra em vigor, os bombardeios em Gaza continuam. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os ataques de Israel deixaram 88 mortos na sexta-feira (17).
Cessar-fogo e troca de reféns
O acordo inclui a libertação de centenas de palestinos detidos em Israel e o fim temporário dos bombardeios em Gaza, em troca da devolução de reféns. Atualmente, o Hamas mantém cerca de 100 pessoas capturadas em 7 de outubro de 2023, data que marcou a intensificação do conflito.
Naquele dia, militantes do Hamas invadiram o sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. Em resposta, Netanyahu declarou guerra ao grupo e intensificou ataques aéreos e incursões terrestres na Faixa de Gaza.
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Impactos do conflito
Desde o início da guerra, ações militares de Israel resultaram na morte de cerca de 48 mil palestinos, segundo dados do Hamas, incluindo civis, mulheres e crianças. Grandes áreas da Faixa de Gaza foram destruídas, principalmente no norte do território, causando uma crise humanitária que afeta 2,3 milhões de habitantes.
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