A crise na Síria teve um marco significativo com a queda do governo de Bashar al-Assad. Durante anos, o país enfrentou um cenário de intensos conflitos entre as forças governamentais e variados grupos rebeldes. Nesta segunda-feira (16), o ex-ditador publicou um comunicado sobre o ocorrido.
O que diz Bashar al-Assad?
“A minha partida da Síria não foi planejada nem ocorreu nas horas finais das batalhas, como alguns afirmaram. Pelo contrário, permaneci em Damasco, cumprindo minhas obrigações até as primeiras horas de 8 de dezembro. Conforme as forças terroristas se infiltravam em Damasco, mudei-me para Latakia em coordenação com nossos aliados russos para supervisionar as operações de combate. Ao chegar à base aérea [russa] de Hmeimim naquela manhã, ficou claro que nossas forças haviam se retirado completamente de todas as linhas de batalha”, escreveu.
Assad estava no poder há 24 anos. A ofensiva que o retirou do país começou na cidade de Aleppo, no norte, e avançou em direção ao sul, capturando cidades estratégicas como Hama e Homs. A conquista da capital Damasco quebrou o impasse que havia dominado a guerra civil síria desde seu início em 2011.
Como ele percebe a situação no terreno?
No momento de sua chegada à base de Hmeimim, Assad descreveu uma situação crítica, marcada pela crescente pressão das forças rebeldes e a instabilidade no campo de batalha. Ele destacou o cerco representado pelos ataques de drones, que dificultavam qualquer tentativa de sair da base sem assistência. Com essas condições em mente, o apoio russo foi crucial, resultando na sua evacuação para a Rússia.
Assad também afirmou que “em nenhum momento considerou renunciar ou buscar refúgio”, e que “nem tal proposta foi feita por qualquer indivíduo ou parte”. Na sua avaliação, a Síria “caiu nas mãos do terrorismo”.
Rapaz! Regime Bashar Al-Assad acaba de cair! Terroristas tomaram o poder e já estão arrancando as fotos do ex-ditador dos prédios públicos da Síria. pic.twitter.com/bLGZpV7ILf
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) December 8, 2024
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