Cidade do interior é eleita a pior de todo o Brasil para se viver

Esta cidade brasileira lidera ranking de cidades com pior qualidade de vida
Esta cidade brasileira lidera ranking de cidades com pior qualidade de vida – Créditos: depositphotos.com / gustavofrazao

Uiramutã, localizada no extremo norte de Roraima, é atualmente classificada como a cidade brasileira com a menor qualidade de vida, de acordo com o Índice de Progresso Social (IPS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma pontuação de apenas 37,63 em uma escala de 0 a 100, o município enfrenta diversos desafios de infraestrutura e carece de serviços básicos essenciais.

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Este cenário desafiador afeta diretamente a população local, que ultrapassa os 13 mil habitantes. A precária infraestrutura e a limitada oferta de serviços básicos intensificam as dificuldades da vida comunitária. Além disso, a desigualdade social e a baixa renda per capita contribuem para agravar a situação socioeconômica de Uiramutã.

Quais são os desafios enfrentados por Uiramutã na qualidade de vida?

Os habitantes de Uiramutã se deparam, diariamente, com problemas significativos que impactam sua qualidade de vida. A coleta de lixo insuficiente e a iluminação pública deficiente são exemplos da carência de serviços essenciais na região. A infraestrutura habitacional também demanda atenção, visto que limita o conforto.

Dentre os maiores desafios está o acesso à educação de qualidade. Escolas na cidade carecem frequentemente de estrutura adequada, dificultando o avanço educacional e perpetuando um ciclo de pobreza. Esta situação sublinha a necessidade urgente de políticas públicas que promovam melhorias significativas nesse aspecto.

Homem olhando feedback de cidades – Créditos: depositphotos.com / ben_24

Outras cidades com baixos índices de progresso social

Enquanto Uiramutã lidera o ranking negativo, outras cidades brasileiras também enfrentam dificuldades semelhantes. Além de municípios roraimenses como Alto Alegre e Bonfim, cidades no Pará, como Trairão e Bannach, também figuram entre as que apresentam os menores índices no IPS de 2024.

  • Uiramutã (RR) – 37,63
  • Alto Alegre (RR) – 38,38
  • Trairão (PA) – 38,69
  • Bannach (PA) – 38,89
  • Jacareacanga (PA) – 38,92
  • Cumaru do Norte (PA) – 40,64
  • Pacajá (PA) – 40,70
  • Uruará (PA) – 41,26
  • Portel (PA) – 42,23
  • Bonfim (RR) – 42,27

Quais cidades se destacam na qualidade de vida?

Em contrapartida às cidades com baixa pontuação, algumas capitais brasileiras como Brasília, Curitiba e Belo Horizonte se destacam positivamente no IPS. Esses locais são conhecidos por investir fortemente em qualidade de vida, o que resulta em melhores classificações no índice.

Investimentos eficazes em educação e infraestrutura nessas capitais servem de exemplo para outras regiões do Brasil. A análise do IPS destaca a importância de políticas públicas eficazes e alocação adequada de recursos para melhorar o bem-estar da população.

O papel do Índice de Progresso Social no Brasil

Criado por Michael Porter da Harvard Business School, o Índice de Progresso Social (IPS) se consolidou como uma ferramenta essencial para avaliar dados sociais e ambientais nos últimos dez anos. O IPS foca nos resultados sociais para moldar políticas públicas eficazes e é composto de 53 indicadores.

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De 2014 a 2024, a classificação do Brasil no ranking global do IPS caiu da 46ª para a 67ª posição, refletindo um aumento nas desigualdades sociais e econômicas. Apesar disso, as capitais brasileiras ainda apresentam desempenhos superiores quando comparadas a outras regiões do país. O IPS analisa três dimensões primordiais, como necessidades básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades, para uma análise completa do progresso social.

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