Segundo as projeções do Met Office, um dos principais centros de meteorologia mundial, o ano de 2025 deverá se posicionar entre os três anos mais quentes já registrados. As análises para 2025 indicam que, embora o calor intenso deva ser um pouco menor do que em 2024, as expectativas apontam para temperaturas ainda extremas.
A principal razão apontada para esse fenômeno é a crescente emissão de gases de efeito estufa que agravam o aquecimento global. Este aquecimento tem efeitos variados no ambiente e na vida humana, promovendo alterações no clima que já são perceptíveis nos últimos anos.
Como as previsões climáticas são feitas?
Os modelos climáticos são fundamentais para as previsões, possibilitando uma análise mais precisa de curtos períodos, geralmente até três meses. No entanto, para períodos mais longos, como o ano todo, os especialistas observam tendências. Um dos elementos chave observado é o fenômeno climático El Niño, que intensificou as temperaturas ao aquecer os oceanos nos últimos anos.
Para 2025, espera-se que o impacto do El Niño seja reduzido, mas isso não significa um alívio total nas altas temperaturas no Brasil. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) projeta, por exemplo, que o calor continuará acima da média nos primeiros meses do ano.
Por que 2025 pode ser um ano de extremidades climáticas?
Eventos extremos marcaram 2024 com desastres relacionados a chuvas intensas em várias partes do mundo, como no Brasil e no exterior. Tais fenômenos têm sido associados ao aquecimento das águas oceânicas, que retêm calor e alimentam a formação de tempestades mais intensas e rápidas.
Especialistas alertam que, com as temperaturas oceanográficas ainda elevadas, 2025 pode seguir na esteira de extremos climáticos. Esse cenário eleva os riscos para regiões já vulneráveis, desafiando as capacidades de previsão e mitigação de desastres naturais.
Será que a chuva trará algum alívio?
A previsão de um novo episódio do fenômeno La Niña, que costuma esfriar as águas oceânicas e trazer mais chuvas, alimentou esperanças para um alívio nas condições de seca. No entanto, a formação deste fenômeno atrasou e deverá ser fraca, com pouco impacto significativo, especialmente no norte do Brasil, onde a estiagem continua.
De acordo com o Inmet e o Cptec, além das temperaturas acima da média, espera-se que as chuvas fiquem abaixo da média nacional no início de 2025, mantendo o ciclo de estiagem.
Quais medidas podem ser tomadas diante desse cenário?
Sob a perspectiva das mudanças climáticas impulsionadas pelo aquecimento global, a mitigação e a adaptação tornam-se palavras-chave. Adaptar as cidades para torná-las mais resilientes a desastres naturais é uma medida essencial atualmente. Isso poderia incluir o fortalecimento das infraestruturas e sistemas de defesa civil para lidar com eventos extremos.
A transição energética e a redução de emissões de gases de efeito estufa são ações globais que precisam ser enfatizadas. Em fóruns internacionais como a Conferência do Clima da ONU, ocorre a integração de esforços para estabelecer metas viáveis e fortalecer compromissos globais contra a crise climática contínua.
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