A capivara foi entregue ao Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), onde será assistida até que possa ser reintegrada à natureza. O influencer fez um post de despedida no Instagram. Nele, Tupinambá disse que nunca foi contra a reintegração do animal e que não ganhou dinheiro com as postagens com Filó.
“É importante registrar que eu nunca fui contra e jamais impediria que a minha amada Filomena um dia se integrasse com um bando de capivaras para seguir sua vida. Foi justamente para isso que eu a salvei, cuidei e guardei um sentimento enorme no meu peito por ela”, escreveu ele.
“Eu também sei que aconteceram equívocos, e garanto que os erros que cometi foram inconscientes, sem má índole e nem qualquer tentativa de exploração. Absolutamente nenhum vídeo com ela me trouxe qualquer resultado financeiro. Era apenas eu com um celular na mão, registrando a minha própria vida ribeirinha”, completou.
Ver esta publicação no Instagram
Entretanto, o Ibama defende que,“além de ser crime manter animais silvestres irregularmente”, a exposição como pets em redes sociais“estimula a procura por esses animais, aquecendo o tráfico de espécies da fauna brasileira”.
“Por mais que se acredite estar ajudando um animal silvestre, dando comida e abrigo, é importante entender que essa atitude pode prejudicá-lo, pois reduz sua capacidade de sobrevivência na natureza. Animais silvestres também podem transmitir doenças graves para os humanos”, explicou o instituto.
Nas redes sociais, pessoas demonstraram indignação com o instituto:
E o desfecho final do tiktoker Agenor e da capivara filó foi justamente o que ninguém queria: Só quem cria vínculo com um animal sabe a dor que e um momento como este de separação😞😭 pic.twitter.com/KRjeDW8x3p
— RFL (@rafaelirfl) April 28, 2023
Essa é a capivara FILÓ, perceba claramente o desespero do animal mantido preso em cativeiro pelo Agenor @IBAMA pic.twitter.com/ntoBIvSoVy
— João Vitor Menezes (@Joaovitorsmn) April 28, 2023
Além disso, na semana passada, Agenor Tupinambá foi multado pelo Ibama em mais de R$ 17 mil. Segundo uma postagem que ele fez no Instagram, o instituto acusou o influencer de abuso, maus-tratos e exploração contra animais. Ele também foi obrigado a excluir todos os vídeos dele com o animal em seus perfis de redes sociais.
O influencer possuía conteúdos com outros animais nos seus perfis, como os com a papagaio Rosa, porém, estes também precisaram ser deletados. Agenor publicou uma nota de esclarecimento nas redes sociais mostrando sua indignação com o ocorrido: “De todas as surpresas que a fama na internet me trouxe, eu jamais imaginei que seria acusado de abuso, maus tratos e exploração contra animais”.